Comprar ou vender?

Ação do Nubank é uma aposta muito arriscada, alerta BTG

17 dez 2021, 17:44 - atualizado em 17 dez 2021, 17:44
Nubank
“Nu ainda se parece muito mais com um banco do que com um software”, avaliam os analistas (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

O Nubank (NU; NUBR33) tem quase tudo que uma “fintech” pode desejar: uma marca amada, milhões de clientes engajados, um fundador aspiracional e uma tabela de limites incrível.

Mas o “timing” de um cenário macroeconômico ruim e o preço muito alto faz do investimento em suas ações uma “aposta muito arriscada”, avalia o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times. Com um valor de mercado de US$ 46 bilhões, já é a instituição financeira mais valiosa do Brasil.

Os analistas classificaram a recomendação como “neutra”. O preço-alvo de US$ 10 quase não abre potencial de valorização, tendo em vista que os papéis na Nyse já negociam em torno deste patamar.

“Nu ainda se parece muito mais com um banco do que com um software”, entendem os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura.

Eles lembram que os bancos têm necessidades de capital e custos de inadimplência enquanto crescem e, dada a deterioração da macro do Brasil, ser prudente em 2022 pode ser a estratégia certa.

“Mas será que uma avaliação muito alta aceita a necessidade de prudência em relação ao crescimento no próximo ano?”, ponderam os analistas.

Nos cálculos do BTG, para que o Nubank justifique um “valuation” de US$ 46 bilhões, precisaria de um retorno sobre o capital (ROE, na sigla em inglês) de aproximadamente 30% em seis anos.

Para um efeito comparativo, o Itaú possui um ROE de 20%, mas com a divisão de varejo já tendo chegado perto de 30% – o nível que o Nubank precisaria.

“Lembramos que 2023 é o primeiro ano lucrativo em nossas estimativas, mas é difícil saber exatamente o quão lucrativo pode ser, ou o momento, especialmente porque não pudemos falar com a gerência”, ressaltam.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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