Commodities

Acelen eleva diesel em até 11,5% e gasolina em até 15,7% por alta do petróleo

10 out 2022, 11:23 - atualizado em 10 out 2022, 11:23
petróleo
Os aumentos seguem a alta do preço do petróleo na semana passada, após o corte de produção de 2 milhões de barris de petróleo anunciado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) (Imagem: REUTERS/Lucy Nicholson)

A Acelen, empresa do fundo de investimentos árabe Mubadala, que controla a Refinaria de Mataripe, privatizada no final do ano passado, elevou o preço do diesel entre 10,7% e 11,5% na última sexta-feira, enquanto a gasolina foi reajustada entre 9,3% e 15,7%, dependendo do mercado.

Os aumentos seguem a alta do preço do petróleo na semana passada, após o corte de produção de 2 milhões de barris de petróleo anunciado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

Com a valorização da commodity, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) estimou uma defasagem média dos preços internos do diesel em 13% e da gasolina de 10% em relação ao fechamento de quinta-feira, 7, do mercado internacional.

Petrobras

A Petrobras (PETR4), agente dominante do mercado de refino, que reduziu rapidamente os preços da gasolina e do diesel quando o petróleo cedeu em setembro, fez o último reajuste desses combustíveis há 21 e 39 dias, respectivamente, e informou ao Broadcast (sistema de noticias em tempo real do Grupo Estado), na última quinta-feira, que ainda vê alta volatilidade na recente alta do petróleo.

“A companhia reafirma seu compromisso com a prática de preços em equilíbrio com o mercado, sem repassar a volatilidade conjuntural nem movimentos especulativos como os que estão sendo observados recentemente”, disse a Petrobras em nota.

A estatal ressaltou ainda, “que não existe uma referência única e percebida da mesma maneira por todos os agentes, sejam eles refinadores ou importadores”.

Pressão do governo

Segundo fontes, a estatal está sendo pressionada pelo governo federal a não fazer aumentos nos combustíveis até o final do segundo turno das eleições presidenciais, no próximo dia 30, favorecendo assim a candidatura do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição.

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