AgroTimes

Ações compensatórias por conservação da Amazônia são iguais a criança comendo mingau, pelas beiradas

03 maio 2022, 14:42 - atualizado em 03 maio 2022, 14:51
Meio Ambiente Citricultura
Conservação e produção formam a base de vários projetos na Amazônia (Imagem: Reprodução/Fundecitrus)

O trabalho de conservacionismo na Amazônia Legal é como criança comendo mingau, pelas beiradas, devagarzinho. A diferença é que se o prato chega ao final, com ajuda das mães, a recuperação da floresta parece não ter fim e depende de vários estágios somados de ações  de diferentes alcances.

Os mais recentes conhecidos vêm do Projeto Conserv, que paga cerca de R$ 300 por hectare conservado, fora dos limites da reserva do Código Florestal, e do Programa Imersão Agroflorestal, que está selecionando profissionais para carreiras de conservação em integração produtiva.

O primeiro é de autoria do Instituto de Pesquisas Ambiental da Amazônia (Ipam), que informa ter aumentado em sete o número novos contratos (do Leste e Oeste do MT), somando 16 propriedades com mais de 14 mil hectares de reservas privadas que poderiam ser suprimidas por lei, mas não o são. Os recursos chegam de fundos ambientalistas da Holanda e Noruega.

O Ipam não detalhou os valores, mas em julho de 2021 a Liga do Araguaia informava ao Money Times que a média é de R$ 300, variando de acordo com o bioma, nível de conservação, perfil do manejo e sistema produtivo.

A Liga é um agrupamento de produtores do Leste do Mato do Grosso comprometidos com práticas de sustentabilidade da pecuária intensiva e desenvolve vários projetos em parceria com instituições e empresas, entre os quais o Conserv.

Já o outro programa de apoio à contenção do desmatamento amazônico é mais modesto, o de Imersão Agroflorestal, mas representa bem a metáfora do mingau e como as pequenas ações podem ir se somando, ou às maiores, até que a contaminação pela produção em integração ambiental mostre resultados mais duradouros.

É da greentech Floresta S/A, que vai selecionar dois profissionais, de áreas afins, para um programa de cinco meses, com opção de contração ao final, ganhando aquela soma de R$ 15 mil (R$ 3 mil mensais), mas casa, comida e transporte.

A startup, especializada em produção consorciada à mata nativa, que regenera o ecossistema, é acelerada pela Amaz, e avisa que as inscrições vão até 12 de maio e os dois selecionados darão a largada no projeto em 4 de julho.

 

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual — toda semana, com curadoria do Money Picks

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar