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Ações da Eletrobras (ELET3) caem 2% em estreia após privatização; o que esperar da companhia?

13 jun 2022, 11:14 - atualizado em 13 jun 2022, 12:00
Eletrobras
Eletrobras tem segunda maior privatização do país (Imagem: Facebook/Eletrobras)

As ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) estrearam o pregão desta segunda-feira (13) em queda, após a conclusão do processo de privatização, em um dia bastante negativo para os mercados.

Por volta das 10h30, os papéis ordinários da companhia, ELET3, desabavam 2,44%, cotados a R$ 40, enquanto os preferenciais, ELET6, caiam 0,86%, a R$ 39,36.

No mesmo momento, o Ibovespa (IBOV) caia 2,23%, valendo 103,1 mil pontos. O principal índice da bolsa de valores brasileira segue em queda desde semana passada devido as preocupações com lockdowns na China e com o avanço da inflação nos Estados Unidos.

A Eletrobras realizou sua oferta de ações na quinta-feira (9), marcando a segunda maior privatização do país. A oferta no processo que reduz a presença do governo em seu capital levantou cerca de R$ 33,7 bilhões e mostrou demanda robusta.

No total, a companhia vendeu 802,1 milhões de ações, com seu papel precificado a R$ 42.

Por que as ações estão em queda?

Segundo Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, a queda das ações da Eletrobras está relacionada ao pessimismo com a economia global, que acompanha o risco de recessão nos EUA, a inflação em alta e a posição mais agressiva esperada pelos bancos centrais.

“As bolsas de valores estão afundando no mundo todo (sell-off global) e aqui não é diferente”, explica.

Além disso, Niels Tahara, analista fundamentalista da Benndorf, explica que a ação vinha em forte movimento de alta nos dias anteriores ao da privatização, “sendo normal, portanto, um movimento de realização dos investidores”.

O que esperar da Eletrobras privatizada?

Segundo Tahara, da Benndorf, a expectativa é que a nova governança da Eletrobras traga melhorias e eficiências operacionais, assim como a possibilidade de novos investimentos, com modernização dos ativos e diversificação de sua matriz energética.

O analista vê com bons olhos a privatização, pois deve reduzir os riscos de governança e, consequentemente, ocasionar um re-rating no valuation. “Atualmente, vemos a empresa negociando a cerca de 4,60x EV/EBITDA 2023. Nesse sentido, vemos a ação com um significativo desconto ante aos pares privados”, afirma.

“No geral, o processo de melhoria e ganhos de eficiência operacional deve acontecer ao longo dos anos e não no curto prazo, mas vemos com bons olhos o investimentos nas ações da companhia com foco no longo prazo”, explica Tahara.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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