Ações da Tenda (TEND3) tombam com mais um trimestre de prejuízo

As ações da Tenda (TEND3) chegaram a cair quase 10% na primeira hora de pregão na B3, com investidores reagindo negativamente aos resultados financeiros da construtora no terceiro trimestre deste ano, que reportou mais um prejuízo líquido.

Perto das 11h40 (de Brasília), o papel caía 6,7%, a R$ 5,85, liderando as perdas do setor de construção civil na bolsa brasileira.

Divulgado no fim da noite de ontem, o balanço da Tenda mostrou prejuízo líquido de R$ 190 milhões de julho a setembro, enquanto no critério consolidado, o prejuízo foi maior, de R$ 212,6 milhões, revertendo o lucro líquido consolidado de R$ 5,3 milhões no mesmo período de 2021.

Tenda preocupa mercado

A equipe da Genial Investimentos avalia o trimestre da Tenda como “mais um frustrante”, no qual ela continua a postar resultados negativos.

“Uma série de revisões e efeitos não-recorrentes impactaram severamente o resultado no terceiro trimestre. A companhia tem melhorado o seu operacional e esperamos que os últimos três meses tenham sido os piores”, comenta, ressaltando que preferem “seguir fora dos papéis”.

O Bradesco BBI diz que o principal destaque positivo de julho a setembro foram as novas vendas, que apresentaram margem bruta de 32,1% em setembro, alta de 10 pontos percentuais (p.p.) ante janeiro deste ano, e de 30,6% no trimestre, levemente acima do visto um ano antes, “refletindo a assertiva estratégia de preços da empresa”. “O que vemos como um sinal positivo para a recuperação da rentabilidade da empresa daqui para frente”, acrescenta o analista da XP, Ygor Altero.

Recuperação desafiadora

Os analistas do BTG Pactual veem os números do terceiro trimestre com preocupação em meio ao grande prejuízo e à grande queima de caixa, de R$ 125 milhões. Eles resumem que os resultados foram mais fracos do que o esperado diante alguns problemas.

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Eles acrescentam que, apesar da gestão da empresa mineira transmitir uma “certa mensagem positiva” para o futuro, na qual destacaram as margens de novas vendas e que esperam reduzir a queima de caixa nos próximos
trimestres, a “reviravolta da Tenda será desafiadora”, com o impulso dos lucros permanecendo “sem brilho”.

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