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Varejista com forte presença em shoppings pede recuperação judicial, diz Exame

16 maio 2024, 20:21 - atualizado em 16 maio 2024, 20:35
Polishop
Ainda segundo a empresa, o cenário provocado pela pandemia provocou uma queda de 70% do faturamento da Polishop

A Polishop entrou com pedido de recuperação judicial com dívidas de R$ 352 milhões, informa a Exame. Agora, a justiça irá analisar o pedido.

Segundo o site, no pedido de reestruturação, a empresa alegou que, “mesmo desenvolvendo de forma sólida as suas atividades desde sua constituição, com crescimento gradativo de faturamento, negócios, estrutura e funcionários, algumas mudanças no cenário econômico começaram a interferir sobremaneira na pujança da Polimport (Polishop), criando um ambiente de dificuldade econômico-financeira”.

“Um dos principais setores que sofreram com os efeitos da Covid-19 foi o mercado de varejo (principalmente em shoppings centers). Isto porque, diante das medidas de lockdown, as lojas físicas foram inesperada e indefinidamente fechadas, ensejando na deletéria situação de fechamento de quase 300 (trezentas) lojas físicas em shoppings centers e com a restrição da sua operação no e-commerce”, afirmou.

Ainda de acordo com a empresa, o cenário provocado pela pandemia provocou uma queda de 70% do faturamento da Polishop, além dos aumentos dos custos fixos.

“Com isso, passou a atravessar dificuldades de manutenção de fluxo de caixa, sendo necessário sucessivas medidas internas para preservar as vendas e cobrir os custos fixos da Requerente – os shoppings centers não suspenderam a cobrança dos custos operacionais, fazendo com que a Requerente adotasse medidas para a manutenção dos pontos comerciais”.

Polishop: Crise se arrasta desde ano passado

A empresa se encontra em dificuldades desde, pelo menos, o ano passado com o fechamento de lojas e atrasos de aluguéis, gerando, inclusive, impactos para fundos imobiliários.

Em janeiro, o fundo imobiliário XP Industrial (XPIN11) informou ao mercado que a Polishop estava inadimplente com aluguéis.

Em 2022, a Polishop possuia 30 processos no Tribunal de Justiça de São Paulo por falta de pagamento de aluguéis de lojas. A dívida da varejista totaliza mais de R$ 9 milhões e levou à reestruturação.

Em entrevista ao Estadão em 2023, João Appolinário, fundador e presidente da Polishop, afirmou que a reestruturação do negócio foi necessária para lidar com o momento atual do varejo e que prepara expansão por meio de franquias nos próximos meses, plano que ficou congelado durante a pandemia de covid-19.

À época, Appolinário disse que a dívida da Polishop em lojas de shoppings é baixa e não ameaça o negócio. A inadimplência, diz ele, é resultado de negociações duras, em vez de falta de dinheiro. “Se eu soubesse que daria tanto problema, já tinha mandado pagar tudo”, disse.

De acordo com informações divulgadas à imprensa em janeiro de 2023, a Polishop tinha mais de 3 mil funcionários e 280 lojas nos principais shoppings do país, além de quiosques. Esse número se reduziu para 122 em julho no ano passado.

O Money Times procurou a Polishop e a empresa não vai se posicionar.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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