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Ações da Vinci e Pátria estão atraentes na Nasdaq e podem disparar 40%, diz Itaú BBA

28 maio 2021, 13:04 - atualizado em 28 maio 2021, 13:04
Vinci Partners
Alta em dólar: para o Itaú BBA, valor justo da Vinci é 40% maior que a cotação atual (Imagem: Reprodução/Vinci Partners)

O Itaú BBA iniciou a cobertura da Vinci Partners (VINP) e da Pátria Investimentos (PAX) com uma visão bastante positiva dos papéis. Ambas receberam recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) e preços-alvos que embutem potenciais altas de dois dígitos.

As gestoras brasileiras realizaram suas ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês) no fim de janeiro. Em comum, também, está o fato de terem listado suas ações na bolsa americana Nasdaq. A Vinci captou US$ 250 milhões, e a Pátria, US$ 625 milhões.

Com base em nossas análises, concluímos que ambas as ações estão sendo negociadas a valuations atraentes, pois vemos um potencial de valorização atraente, mesmo em cenários de estresse com entradas líquidas mais baixas ou taxas de desempenho reduzidas”, afirmam Marco Calvi, Vinícius Figueiredo, Pedro Leduc e Tiago Binsfeld, que assinam o relatório do Itaú BBA.

O valor justo proposto para a Vinci Partners é de US$ 18 para o fim deste ano. A cifra contempla uma alta potencial de 40% em relação à cotação usada como referência pelos analistas. Para a Pátria Investimentos, o preço proposto é de US$ 21, com alta potencial de 42%.

Mudanças favoráveis

O quarteto sublinha que a transformação vivida pela indústria financeira passa tanto pela desintermediação da gestão de ativos, quanto pela mudança na distribuição de produtos de investimento. O Itaú BBA lembra que os bancos ainda controlam a maior parte desses mercados, mas sua fatia está em queda.

Patria Investimentos
Potencial: Pátria deveria valer 42% mais do que atualmente, calcula Itaú BBA (Imagem: Linkedin/ Patria)

“Os bancos têm sido desafiados pelo surgimento de corretores independentes e consultores de investimento que oferecem um serviço de primeira linha ao cliente, carteiras de produtos mais amplas e uma abordagem mais efetiva em termos de custos”, explicam os analistas.

Além disso, a queda da taxa básica de juros aos menores patamares da história tem incentivado investidores de todos os portes a migrarem para a renda variável, em busca de maior rentabilidade. “Em poucas palavras, vemos um conjunto de determinantes sólidos para gestores independentes de ativos no Brasil, incluindo a Vinci e a Pátria”, afirma o Itaú BBA.

“É razoável supor que uma mudança da renda fixa para fundos de maior valor agregado deve beneficiar ambas as empresas [Vinci e Pátria], na medida em que investidores institucionais, como fundos de pensão e seguradoras – uma parcela importante das bases de clientes de ambas as empresas – estarão em busca de maiores retornos e estratégias de investimento mais sofisticadas”, explicam os analistas.

 

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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