Os BDR’s, ou Brazilian Depositary Receipts, são certificados de valores mobiliários emitidos e negociados no Brasil, mas que representam ações de empresas listadas no exterior. 

Em outras palavras, ao comprar um BDR, o investidor está adquirindo uma participação indireta em uma empresa estrangeira – sem precisar realizar a compra diretamente na bolsa de valores do país de origem da empresa. 

Os BDR’s são negociados na B3, a bolsa de valores brasileira, e permitem que os investidores acessem uma gama diversificada de ativos estrangeiros – como ações de grandes empresas internacionais, de forma simples e prática.

Quais são os tipos de BDR’s?

Os BDR’s são emitidos por instituições depositárias, que adquirem as ações no exterior e emitem os recibos representativos para negociação no Brasil. Eles são regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e oferecem uma alternativa para diversificar a carteira de investimentos.

Existem três tipos principais de BDR’s, cada um com características e públicos-alvo diferentes:

BDR’s Nível I (Não Patrocinados)

São os mais comuns no mercado brasileiro. Nesse tipo, os BDR’s são emitidos por instituições financeiras brasileiras sem a participação direta da empresa estrangeira

Os BDR’s Nível I são negociados no mercado de balcão da B3 e costumavam ser acessíveis apenas para investidores qualificados (aqueles com mais de R$ 1 milhão em investimentos). No entanto, a partir de outubro de 2020, a CVM permitiu que todos os investidores pudessem negociar BDR’s Nível I.

BDR’s Nível II

Neste caso, as empresas estrangeiras participam diretamente da emissão dos BDR’s, patrocinando a operação. 

Os BDR’s Nível II exigem que a empresa siga algumas regras contábeis e de divulgação estabelecidas pela CVM, além de serem negociados em mercados organizados, como o pregão da B3.

BDR’s Nível III

Assim como os BDRs Nível II, os BDRs Nível III também são patrocinados, mas a principal diferença é que eles permitem que a empresa estrangeira realize ofertas públicas de ações no Brasil. 

Para isso, a empresa deve cumprir todas as exigências regulatórias da CVM, o que inclui a divulgação de informações financeiras detalhadas. Esses BDRs são direcionados para empresas que buscam captar recursos no mercado brasileiro.

Código de negociação de BDR’s

Os BDRs são negociados na bolsa de valores utilizando um código de negociação composto por quatro letras seguidas por um número. Esse código identifica o ativo e o tipo de BDR. 

A estrutura dos códigos de BDR’s segue o formato padrão utilizado pela B3, em que as quatro letras indicam o nome do ativo, e o número final identifica o tipo de BDR:

  • BDRs Nível I (Não Patrocinados): o código termina com o número 34 ou 35. Exemplo: AAPL34, que representa os BDRs da Apple.
  • BDs Nível II e III (Patrocinados): o código geralmente termina com os números 32 ou 33.

Esses códigos são utilizados pelos investidores para realizar operações de compra e venda no ambiente de negociação da B3, da mesma forma que acontece com ações de empresas brasileiras. Entender o código de negociação é essencial para que o investidor identifique corretamente o ativo que deseja adquirir e as suas características específicas.

Os BDRs oferecem uma maneira conveniente de acessar os mercados globais, permitindo que os investidores brasileiros diversifiquem suas carteiras e se beneficiem do crescimento de grandes empresas internacionais, tudo isso sem sair do ambiente regulado e seguro da B3.

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