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Ações do IRB encerram com leve queda, após aumento de capital; veja as análises

09 jul 2020, 18:30 - atualizado em 09 jul 2020, 18:31
Entrada da sede do IRB IRBR3
Ajuste: investidores reagem à capitalização com ação oferecida por preço inferior ao da Bolsa (Imagem: YouTube/ Divulgação/ IRB)

As ações do IRB (IRBR3) encerraram esta quinta-feira (9) com queda de 0,21%, cotadas em R$ 9,30. Considerando-se a forte oscilação, durante o dia, trata-se de um resultado razoável. O tom foi dado pela oferta de ações para capitalizar a resseguradora, cujo preço será de R$ 6,93 por papel.

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O valor foi aprovado pelo conselho de administração do IRB e é 26% menor que a cotação de fechamento de ontem. Isso fez com que os papéis já abrissem esta sexta em R$ 8,40, uma queda de 9,9% sobre o fim do pregão de ontem.

Em seu pior momento, a ação desceu para R$ 8,31, mas reduziu o ritmo das perdas e chegou a subir até R$ 9,45. A alta, contudo, não se sustentou.

A capitalização aprovada pelo conselho ficará entre R$ 2,1 bilhões e R$ 2,3 bilhões. O montante corresponde ao rombo nas provisões técnicas apurado pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) e pela auditoria interna, que revelou irregularidades da gestão anterior.

Dúvidas persistem

Os dois principais acionistas da resseguradora são o Itaú Unibanco (ITUB4) e o Bradesco (BBDC4), com 15,4% e 11,3% do capital, respectivamente. Os bancos se comprometeram a subscrever, pelo menos, o equivalente a suas fatias na empresa, na futura emissão de ações.

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No geral, os analistas elogiaram a iniciativa de capitalizar o IRB, mas alertam para a diluição dos acionistas que não participarem da subscrição de novas ações.

Itaú ITUB4
Responsabilidade: maior acionista do IRB, Itaú garante a subscrição de ações (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Em um breve comentário aos clientes, nesta manhã, a XP Investimentos atribuiu a determinação de um preço por ação abaixo do valor de mercado à tentativa de incentivar o Itaú e o Bradesco a aportarem dinheiro no IRB.

Mesmo assim, a XP sublinha que as ações do IRB permanecem sob revisão, “devido a incertezas remanescentes relacionadas aos impactos com reguladores, clientes, retrocessionários e crescimento de prêmios”.

O BTG Pactual (BPAC11) segue o mesmo caminho. Eduardo Rosman e Thomas Peredo, que assinam o relatório, afirmam que “quanto antes, o IRB resolver a questão da liquidez, melhor”.

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Cautela

“Nós, verdadeiramente, saudamos as mudanças, que recolocam a companhia no caminho certo e tornam a ação ‘investível’ de novo”, dizem os analistas. Mas, eles alertam que muitas questões ainda precisam de respostas.

Entre elas, quem será o novo CEO da companhia, uma vez que o cargo está vago desde a renúncia de José Carlos Cardoso, no início de março, e é ocupado, de modo interino, por Antônio Cassio dos Santos, que também acumula a presidência do conselho de administração.

O BTG Pactual calcula que, para injetar R$ 2,2 bilhões por R$ 6,93 por ação, seria necessário emitir 318 milhões de ações ordinárias, o equivalente a 34% do total atual.

Assim, após a capitalização, o IRB seria negociado por 1,5 vez o P/VP (preço sobre valor patrimonial), com uma expectativa de ROE (retorno sobre patrimônio líquido, na sigla em inglês) de 11% a 12% em 2021.

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De qualquer modo, a recomendação do BTG Pactual permanece neutra, com preço-alvo de R$ 9 para os próximos 12 meses.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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