Mercados

Ações europeias caem com temores sobre inflação e resultados de empresas

12 out 2022, 14:39 - atualizado em 12 out 2022, 14:39
Bolsa de Frankfurt Europa
Os setores financeiro, de energia e industrial foram os maiores pesos na sessão para o STOXX 600, que está a caminho de seu pior desempenho anual desde 2008 (Imagem: Facebook/Börse Frankfurt)

As bolsas de valores da Europa caíram nesta quarta-feira, pressionadas por temores crescentes sobre inflação e alta de juros, além de perspectivas incertas sobre a temporada de resultados trimestrais das companhias do continente.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,5%, acumulando a sexta sessão consecutiva de queda.

O índice ainda reduziu perdas de mais cedo após o relatório de preços ao produtor dos Estados Unidos (PPI).

O documento mostrou que os preços para as empresas nos EUA subiram mais que o esperado em setembro, sugerindo que a inflação no país continua teimosamente alta.

Os dados vieram um dia antes da divulgação dos preços ao consumidor dos EUA, muito aguardada pelo mercado como um termômetro para as ações de juros do Federal Reserve.

“(O número do PPI) não abre um bom precedente. Certamente não fará com que o Fed se desvie de sua postura restritiva”, disse Steve Sosnick, estrategista-chefe da Interactive Brokers.

O STOXX 600 caiu 1,5% até agora esta semana, com mercados preocupados com movimentos políticos agressivos dos bancos centrais para combater a inflação alta e os alertas recentes do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial exacerbando preocupações sobre recessão.

Os setores financeiro, de energia e industrial foram os maiores pesos na sessão para o STOXX 600, que está a caminho de seu pior desempenho anual desde 2008.

A Barratt Developments, maior construtora do Reino Unido, alertou nesta quarta-feira para uma queda no lucro anual, provocando recuo nas ações do setor.

No geral, as empresas europeias devem reportar um crescimento de 29,4% no lucro do terceiro trimestre, ligeiramente abaixo do aumento de 33,2% previsto no início de outubro, conforme dados da Refinitiv.

“Há um pensamento no mercado agora que as estimativas de resultado podem estar muito altas, que realmente não temos descontado os efeitos de uma possível recessão”, disse Sosnick.

As ações da Philips caíram 12,3%, para a mínima em uma década, após a empresa holandesa de tecnologia de saúde disse que problemas na cadeia de suprimentos atingiriam as vendas.

A companhia também computou uma baixa contábil de 1,3 bilhão de euros em seu negócio na área de tratamento de apneia.

As ações do Credit Suisse caíram 4,2% depois que a Bloomberg publicou que o Departamento de Justiça dos EUA está investigando se o banco continuou ajudando clientes do país a esconderem ativos das autoridades, oito anos depois que a instituição pagou 2,6 bilhões de dólares relacionados a um acordo sobre evasão fiscal.

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