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Acron quer retomar obras de projeto de fertilizantes em MS em julho

14 fev 2022, 14:11 - atualizado em 14 fev 2022, 14:11
Fertilizantes
Em nota, o vice-presidente da Acron, Vladimir Kantor, afirmou que a empresa está motivada com o negócio (Imagem: Reuters/Pascal Rossignol)

Representantes do grupo russo Acron, que planeja comprar a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3) da Petrobras (PETR4), informaram ao governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, que gostariam de concluir o negócio e já retomar as obras da fábrica em julho deste ano.

Os executivos da empresa estiveram em Mato Grosso do Sul na última sexta-feira em uma reunião com representantes do governo do Estado e da prefeitura de Três Lagoas, cidade onde fica a fábrica, para discutir benefícios fiscais que serão oferecidos.

“Criamos um grupo de trabalho para organizar essa documentação. Em curto prazo, vamos chegar a um documento finalizado, assinado por nós e que vai permitir a continuidade das obras e dos investimentos por parte da Acron”, disse o governador, em um vídeo publicado nas suas redes sociais.

Em nota, o vice-presidente da Acron, Vladimir Kantor, afirmou que a empresa está motivada com o negócio.

“Estamos muito interessados em estar presente em Mato Grosso do Sul. Gostaríamos de começar a trabalhar já em julho”, afirmou.

Na semana passada, a Petrobras informou por meio de um comunicado ter chegado a um acordo com o grupo russo Acron sobre minutas contratuais para a venda de 100% da UFN3, cuja obra está parada desde 2014.

Na ocasião, a petroleira pontuou que a assinatura do contrato de venda depende ainda de tramitação na governança da companhia, após as devidas aprovações governamentais.

A publicação da Petrobras ocorreu após a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ter dado informações em evento público sobre o processo de venda e às vésperas de visita do presidente Jair Bolsonaro à Rússia, neste mês.

A construção da fábrica começou em 2011, mas foi paralisada em dezembro de 2014, depois do rompimento do contrato da Petrobras com o consórcio de empreiteiras por descumprimento de cláusulas, com 80% da obra completada.

Em 2017, a Petrobras decidiu sair do ramo de fertilizantes e pôs a UFN3 à venda.

Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente a pedido de comentários.

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