Internacional

Adeus “AAA”: Moody’s faz alerta sobre paralisação do governo dos EUA

25 set 2023, 17:05 - atualizado em 25 set 2023, 17:39
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O governo dos Estados Unidos pode ter seu funcionamento atrasado (Imagem: REUTERS/Elizabeth Frantz/File Photo)

O governo dos Estados Unidos volta a ficar pressionado pela ameaça de uma paralisação, repetindo o drama vivido nos últimos dias de maio.

O Congresso americano tem até o dia 30 de setembro, ou seja, o próximo sábado, para renovar o financiamento das agências federais.

Sem esta permissão, trabalhadores de diversos serviços essenciais, como controladores de tráfego aéreo, serviço de meteorologia e membros do Departamento de Defesa vão parar de receber salários e poderão cessar suas atividades.

Ao todo, são 12 leis orçamentárias que aguardam aprovação da Câmara dos Representantes, que possui maioria republicana.

Assim como ocorreu durante as negociações para a suspensão do teto da dívida, parte dos republicanos negociam a aprovação das leis orçamentárias em troca de corte de gastos nas agências e maior rigor fiscal da administração Biden.

Enquanto a questão permanece assombrando o governo federal, a Moody’s, uma das três maiores agências de nota de crédito do mundo, emitiu um alerta.

Segundo o serviço de investidores da agência, uma paralisação do governo viria de “crédito negativo” para os EUA. Embora veja um efeito localizado em agências com maior dependência do financiamento público, a ausência de um acordo ressaltaria a fraqueza da governança institucional norte-americana em relação a outros países.

A Moody’s é a única das três maiores agências que ainda mantém uma avalição “AAA” para o governo americano. Fitch e S&P já haviam reduzido suas avaliações após as negociações que levaram à suspensão do pagamento da dívida americana de US$ 31 bilhões (agora avaliada em US$ 33 bilhões) por dois anos.

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Governo dos EUA teve atividades ‘penduradas’ por 21 vezes na história

A história das paralisações do governo americano é extensa. Já foram 21 vezes em que agências governamentais passaram por períodos de atraso de pagamento e cessão de atividades; o evento costuma refletir momentos de alta divisão política entre os poderes Executivo e Legislativo.

A última paralisação, e mais longa de toda a era moderna, ocorreu sob Donald TrumpEm dezembro de 2018, o governo americano permaneceu 34 dias sem poder financiar agências. Um acordo foi aprovado somente em janeiro, com a anuência dos democratas que controlavam a Câmara naquela época.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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