BusinessTimes

Aeris vive volatilidade de “fase de transição”, mas fundamentos de longo prazo estão intactos

24 set 2021, 14:19 - atualizado em 24 set 2021, 14:19
Aeris
O BTG disse que os números corroboram com a mensagem de que 2021 será um ano de transição para a Aeris (Imagem: Aeris/Divulgação)

Bancos e corretoras reagiram à divulgação do guidance da Aeris (AERI3) para 2021 e 2022. É consenso que os números vieram abaixo do esperado, o que, na opinião do BTG Pactual (BPAC11), indica uma pressão de curto prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Os números vieram abaixo das nossas expectativas e das expectativas do consenso (em todos os aspectos), embora tenham ficado em linha com o que a companhia discursou durante suas últimas interações com o mercado, ainda guiado pela volatilidade de curto prazo nas margens em função de um mix mais fraco”, afirmaram os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Aline Gil, em relatório divulgado no início da semana.

O guidance da Aeris inclui projeção de receita líquida entre R$ 2,4 bilhões e R$ 2,7 bilhões ao fim de 2021, um crescimento ao redor de 9,09% e 22,7%, respectivamente, em comparação com 2020.

Para 2022, a companhia estima receita líquida de R$ 4 bilhões.

A produção esperada para 2021 é de 3,1-3,2 gigawatts equivalentes. Para o próximo ano, espera-se uma produção de 5,2 gigawatts.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) projetado para 2021 está entre R$ 200 e R$ 300 milhões, e para 2022 de R$ 300 a R$ 450 milhões.

A Aeris espera investir de R$ 350 a R$ 400 milhões neste ano e algo entre R$ 50 a 120 milhões no próximo.

O BTG disse que os números corroboram com a mensagem de que 2021 será um ano de transição para a Aeris. A partir disso, os números da companhia devem gradualmente melhorar, impulsionados por um mix melhor graças à maturação das linhas de produção.

Olhando para o longo prazo, o banco espera uma estabilização das margens e dos retornos a partir de 2022. A recomendação de compra foi mantida, bem como o preço-alvo de R$ 14.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“A tese de investimento continua sendo de energia renovável, grande crescimento, player com retorno crescente, alavancado por fossos econômicos visíveis (estrutura de baixo custo e produção de alta qualidade na indústria)”, disseram Marquiori, Recchia e Gil.

Safra corta recomendação

Diferente do BTG, o Safra cortou a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) da ação para neutra, com preço-alvo de R$ 9,03. O valuation atual de 25 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) para 2022 parece pouco animador depois da divulgação dos resultados, visto que o par TPIC, com listagem nos Estados Unidos, é negociado a 11 vezes EV/Ebitda.

“Mais que isso, a crescente aversão ao risco e o custo de capital incrementam os desafios operacionais, reduzindo o potencial de valorização para a ação”, explicou o analista Ricardo Boiati, em relatório divulgado pelo Safra na terça.

A XP Investimentos reiterou sua recomendação neutra e o preço-alvo de R$ 10, apesar de não enxergar muitas discrepâncias no curto prazo. As preocupações das corretoras são direcionadas à evolução da recuperação dos níveis de rentabilidade nos próximos anos e à limitação de espaço para uma revisão de alta às estimativas de receita em um futuro próximo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar