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AES quer acelerar expansão no Brasil após acordo com BNDES por AES Tietê

29 jul 2020, 22:07 - atualizado em 29 jul 2020, 22:07
O executivo confirmou ainda que a AES pagará 17,15 reais por ação no negócio fechado com o BNDESPar (Divulgação: Facebook da AES Tietê)

A norte-americana AES Corp pretende acelerar a expansão de sua unidade de energia renovável no Brasil, AES Tietê (TIET11), após ter chegado nesta semana a um acordo com o BNDES para a compra de parte das ações do banco estatal na companhia que envolveu cerca de 1,27 bilhão de reais.

O crescimento da AES Tietê focará possíveis aquisições de ativos eólicos, podendo aproveitar eventuais oportunidades surgidas com a crise do coronavírus, e a busca por contratos de longo prazo para desenvolver usinas de geração limpa que atendam diretamente à demanda de clientes, disse à Reuters nesta quarta-feira o chefe da AES na América do Sul, Julian Nebreda.

O executivo confirmou ainda que a AES pagará 17,15 reais por ação no negócio fechado com o BNDESPar, o que representa um total de 1,265 bilhão de reais por 18,5% do capital social da AES Tietê.

“A operação confirma nossa confiança no mercado brasileiro, na economia do Brasil e nas oportunidades que o mercado brasileiro oferece. O modelo da Tietê representa o futuro do setor elétrico e é o que a AES quer fazer globalmente”, disse Nebreda, em conversa por vídeo-conferência.

Após a conclusão do negócio, a AES Tietê deverá migrar para o segmento de listagem Novo Mercado da bolsa paulista B3 (B3SA3), que exige padrões mais elevados de governança corporativa e determina que as empresas devem ter apenas ações ordinárias em circulação, com direito a voto.

Nebreda disse que essa migração deverá envolver a conversão de todas ações da geradora em ordinárias, com possibilidade de que detentores de papéis preferenciais recebam o mesmo número de papéis ordinários.

“Nós vamos para o Novo Mercado com uma relação de troca de um para um… os termos de troca não vão ter desconto, nem prêmio”, afirmou.