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Afinal, a mineração do bitcoin é mesmo um risco ao meio ambiente? Depende…

29 out 2021, 17:45 - atualizado em 29 out 2021, 17:45
Mineração bitcoin BTC
Segundo Marcelo Carmo, a mineração é tão verde, quanto a matriz energética mundial, e com novas políticas e incentivos para que energias renováveis sejam mais baratas, a mineração vai seguir a tendência. (Imagem: Unsplash/Dmitry Demidko)

À medida que o mercado de criptomoedas cresce, aumenta a preocupação com o impacto ambiental da infraestrutura necessária para minerá-las. Nunca é demais lembrar que o risco ambiental foi um dos argumentos do governo chinês para banir a mineração de bitcoin.

A polêmica foi tamanha, que até o bilionário e futurista Elom Musk chegou a anunciar que a Tesla, sua montadora de carros elétricos, deixaria de aceitar pagamentos em criptomoedas. Mas, afinal, quanto a mineração de bitcoins agride o meio ambiente? A resposta mais honesta é: depende da matriz energética usada para isso.

“A mineração em si vai ser tão impactante ao meio ambiente, quanto o grid em que ela estiver inserida”, afirmou Marcelo Carmo, gestor de ativos ilíquidos da QR Asset, durante uma live com investidores ontem (28). “Se a tendência mundial é buscar fontes renováveis e sustentáveis, consequentemente, as mineradoras vão seguir esse padrão.”

Há alternativa?

Para Carmo, o gasto energético da rede de bitcoins é compatível com um mercado avaliado em mais de US$ 1 trilhão, mas, com o crescimento da pressão para que os investimentos considere também as boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), as mineradoras deverão buscar alternativas.

Como se sabe, a mineração é um modo de validação da rede conhecida como prova de trabalho, ou proof-of-work, em que exige um poder computacional enorme para solucionar problemas matemáticos com o objetivo de validar uma blockchain.

A alternativa é o modelo de “proof-of-stake”, que consome menos energia, porque concentra a validação das criptomoedas nas corretoras. Mas, para Carmo, essa concentração é uma desvantagem em si, sobretudo, quando se trata de redes descentralizadas, como a do bitcoin.

“E tem, ainda, o fato de ser uma metodologia menos testada. A proof-of-work está rodando sem falhas na rede do bitcoin desde 2009. A proof-of-stake ainda tem uma longa jornada para se provar para o mercado.”

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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