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Otimismo com a Vale passa por queda de custos e esperança de dividendos bilionários

31 jul 2020, 14:02 - atualizado em 31 jul 2020, 15:48
Vale
Mesmo com as dificuldades do mercado, as operações da mineradora parecem estar se recuperando rapidamente (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

A Ágora Investimentos acredita no potencial da Vale (VALE3) de entregar uma sólida tendência operacional no segundo semestre do ano. Diretores da companhia informaram ontem que a companhia segue com a meta de atingir o limite inferior da faixa de orientação de produção de minério de ferro de 310-330 milhões de toneladas.

Mesmo com as dificuldades do mercado, as operações da mineradora parecem estar se recuperando rapidamente. A produção média atual já ultrapassou 1 milhão de toneladas contra cerca de 0,8 milhão de toneladas diárias em junho.

Segundo a Ágora, os custos de minério de ferro também devem contribuir para o desempenho da Vale.

“Esperamos uma queda de US$ 2-3/tonelada no segundo semestre. Os custos de demurrage (indenização diária, devida ao transportador) devem normalizar, trazendo um benefício de US$ 0,70/ tonelada, enquanto a diluição de custos fixos da maior produção deve reduzir os custos em US$ 2/tonelada”, destacam os analistas Thiago Lofiego e José Cataldo.

A ala de metais básicos também deve reportar resultados mais fortes devido aos menores volumes de produção, mas maiores vendas; ao aumento na Baía de Voisey; e (iii) ao retorno do Onça Puma, que contribuirá com o aumento do Ebitda.

Dividendos

O conselho de administração da Vale aprovou o pagamento de US$ 1,4 bilhão dos juros sobre o capital próprio (JCP) anunciados em dezembro de 2019 para 7 de agosto de 2020. A administração ainda considerará o dividendo mínimo de US$ 1,3 bilhão referente ao primeiro semestre deste ano, a ser pago em setembro, e o dividendo mínimo para o segundo semestre, com previsão de pagamento em março de 2021.

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Pelos cálculos da Ágora, a Vale poderá pagar um dividendo extraordinário de US$ 2 bilhões (Imagem: Vale/Marcelo Coelho)

Para os dividendos, será levada em consideração a meta de dívida líquida mais os compromissos com Brumadinho. Pelos cálculos da Ágora, existe espaço para um dividendo extraordinário de US$ 2 bilhões.

A corretora mantém a recomendação de compra para o papel e o preço-alvo de R$ 85.

“Esperamos que as ações sejam reavaliadas, impulsionadas pelo pós-risco de Brumadinho e pelos dividendos consideráveis em 2020/21 (esperamos que um total de US$ 5 bilhões em dividendos sejam pagos até março/21, para um rendimento de dividendos de aproximadamente 8%)”, concluem Lofiego e Cataldo.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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