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Airbus terá de pagar US$ 4 bilhões para encerrar investigação sobre corrupção

31 jan 2020, 13:21 - atualizado em 31 jan 2020, 13:21
Airbus
O acordo, considerado por especialistas como o maior já acertado envolvendo suborno, encerra uma crise de quase quatro anos que levou a uma reestruturação ampla da gestão da Airbus (Imagem: Reuters)

A fabricante europeia de aviões Airbus terá de pagar 3,6 bilhões de euros (4 bilhões de dólares) para encerrar investigações de corrupção em contratos abertas por autoridades dos Estados Unidos, Inglaterra e França, eliminando uma incerteza legal que tem pairado sobre a companhia há anos.

Ao anunciar o acordo, a promotoria financeira da França afirmou que a companhia também concordou em ficar sob um “monitoramento de compliance” por três anos por parte da agência anticorrupção do país.

Os acordos acertados nos três países implicam que a Airbus evitou um processo criminal, mas não ficou imediatamente claro se indivíduos ainda poderão ser processados.

A Airbus vai pagar 2,08 bilhões de euros para a França, 525,6 milhões para os EUA e 984 milhões para a Inglaterra.

O acordo, considerado por especialistas como o maior já acertado envolvendo suborno, encerra uma crise de quase quatro anos que levou a uma reestruturação ampla da gestão da Airbus.

Apesar do acordo ser elevado financeiramente, acusações criminais poderiam deixar a Airbus sob risco de ser impedida de participar de lucrativas licitações nos EUA e na União Europeia.

A empresa foi investigada na Europa por suspeita de corrupção na venda de jatos que datam de mais de uma década. Nos EUA, a Airbus era investigada por suspeita de violações de controles de exportação.

No centro do caso estava um sistema com décadas de existência envolvendo agentes terceiros que operavam dentro de uma unidade hoje encerrada na sede da Airbus. No auge, a unidade chegou a envolver 250 pessoas em várias partes do mundo e várias centenas de milhões de euros em pagamentos por ano, disseram fontes próximas do assunto.

A investigação incluiu transações no Brasil e em mais de 15 países, afirmaram promotores franceses.

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