Alavancagem da Marfrig preocupa, aponta BTG Pactual
Além de avaliar os resultados Marfrig (MRFG3) como fracos – com as margens em linha, mas com vendas e Ebitda abaixo do esperado -, a equipe de análise do BTG Pactual destaca que a alavancagem da companhia ainda preocupa.
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A empresa apresentou um prejuízo líquido de R$ 7,5 milhões no último trimestre de 2017 ante uma perda de R$ 230 milhões um ano antes, informou o frigorífico na noite desta terça-feira (27). Em 2017, o resultado foi de um prejuízo de R$ 460,7 milhões. Em 2016, o prejuízo tinha sido de R$ 688 milhões.
“No momento, continuamos preocupados com a alavancagem da empresa e continuamos a ver o IPO da Keystone como um passo necessário para a empresa abordar esse problema (embora a Marfrig não fornecesse mais detalhes sobre isso)”, destacam os analistas Thiago Duarte e Vito Ferreira.
Para eles, o ambiente positivo para o gado no Brasil irá ajudar o frigorífico a entregar melhores resultados e possivelmente a gerar caixa, já que a maior capacidade de abate já está em funcionamento novamente.
“Entretanto, continuamos céticos com a sustentabilidade dos resultados positivos para os acionistas caso a Marfrig não consiga reduzir a sua alavancagem”, alertam. A recomendação foi mantida em neutra, com preço-alvo de R$ 9.
A alavancagem da Marfrig, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda (últimos 12 meses) das operações continuadas esteve em 4,55 vezes, um aumento de 0,19x em relação ao trimestre anterior. Na opinião da Marfrig, o índice que melhor reflete o nível de alavancagem atual da é a relação entre dívida líquida e o EBITDA Ajustado das operações continuadas do quarto trimestre de 2017. Este índice foi de 3,94 vezes no trimestre.