Além do Banco do Brasil (BBAS3): Os bancos da carteira de Barsi

Que Luiz Barsi é um investidor de Banco do Brasil (BBAS3), isso já de conhecimento de grande parte dos investidores.
O rei dos dividendos investe no papel há décadas, antes da estatal se tornar uma queridinha de investidores e, depois, ter seus resultados questionados nos últimos trimestres pelo mercado.
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Mas além de BB, os bancos são figurinhas no portfólio de Barsi. Em evento da AGF, o investidor revelou que investe no Banrisul (BRSR6), com 2% da participação.
“Não é maior nem melhor que o Banco do Brasil, mas ele me paga dividendos trimestrais, coisa que o Banco do Brasil não paga”.
Barsi lembra que o Rio Grande do Sul, lugar onde o banco opera, vive sempre grandes problemas: ou por causa da estiagem, ou por causa do excesso de água.
“Ainda assim, o Banrisul é um banco estatal — um dos poucos que restam. Hoje temos cinco bancos estatais, e o Banrisul é um deles”.
Além do banco estatal, Barsi também carrega o Santander (SANB11), que também não é maior que o Banco do Brasil, “mas me paga dividendos trimestrais”.
“O Santander tem o compromisso de mandar dinheiro para a Espanha. Já o Banrisul tem o compromisso de suprir os seus acionistas”.
Por fim, também possui Bmg (BMGB4), com também participação de 2% da fatia acionária.
“O ideal, como eu sempre digo, é ser pequeno dono de um grande negócio“.
Ele diz ainda que as posições não foram construídas em um mês.
“Foram fruto do reinvestimento de todos os dividendos recebidos ao longo do tempo. Grande parte dessas participações me foi proporcionada pelas próprias empresas, porque elas pagaram dividendos e, com esse dinheiro, eu comprei mais ações”.
Banco do Brasil; ainda é compra?
Com todas as incertezas, como queda da rentabilidade e dos dividendos, vender pode ser um bom negócio?
Barsi recorda que essa não é a primeira crise por qual passou o BB.
Em 1994, a estatal chegou a ficar muito próxima de quebrar, sendo salva por uma subscrição por meio de bônus patrocinado pelo governo.
“Hoje, a estrutura funcional do banco é diferente. Existem mecanismos que impedem a repetição daqueles erros. Por isso, considero que o Banco do Brasil é um papel que pode ser comprado”, explica.
O investidor também recorda que o valor patrimonial por ação é superior a R$ 30, enquanto a ação negocia a R$ 21 ou R$ 22. Ou seja, o papel está barato.
“Acredito que seja apenas uma fase. Em dois trimestres, provavelmente, o banco volte a entregar os mesmos resultados”.