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Algumas commodities já reverteram toda a valorização de 2021

18 jun 2021, 9:33 - atualizado em 18 jun 2021, 9:33
Os contratos futuros da soja reverteram o avanço registrado este ano, caindo mais de 20% em relação à máxima de oito anos alcançada em maio. Milho e trigo também recuaram (Imagem: Pixabay/Coernl)

Apesar de tanto se falar sobre a disparada das commodities, os ganhos de 2021 já foram eliminados em alguns mercados e vários outros estão perto disso.

Os contratos futuros da soja reverteram o avanço registrado este ano, caindo mais de 20% em relação à máxima de oito anos alcançada em maio. Milho e trigo também recuaram.

Na quinta-feira, o Bloomberg Grains Spot Subindex sofreu o maior tombo desde 2009, mas recuperou algumas perdas nesta sexta. O saldo positivo da platina também desapareceu. Níquel, açúcar e até madeira reverteram movimentos de alta.

O fato de alguns mercados estarem caindo enquanto outros — incluindo petróleo e estanho — sustentam os ganhos ressalta a reação desigual dentro da categoria à reabertura e retomada das economias.

Embora essas matérias-primas tenham avançado devido aos fortes fundamentos de demanda, outras enfrentam ventos contrários bem específicos, como um alívio nas preocupações com os suprimentos de soja e incerteza em torno da política monetária, no caso de ouro e prata.

Algumas commodities foram abaladas esta semana pela sinalização de elevação de juros pelo banco central dos EUA (Federal Reserve), pelo fortalecimento do dólar e pelas medidas da China para conter a inflação.

O país asiático avisou que vai liberar metais estocados nas reservas estatais em tempo hábil para trazer os preços de volta à normalidade, intensificando esforços para segurar a valorização das commodities.

“A redução da exposição a risco agora predomina depois da sinalização mais rigorosa do Fed, que veio após diretivas do governo chinês nas semanas anteriores”, disse Michael Cuoco, responsável por vendas de metais e matérias-primas a granel da StoneX Group. “O estímulo dos bancos centrais ajudou os mercados a ganhar força no segundo trimestre de 2020 e agora há um tanto de ajuste ao panorama macroeconômico.”

Mesmo alguns dos mercados que se beneficiam claramente da reabertura estão recuando. O cobre está prestes a encerrar sua pior semana em mais de um ano.

A sazonalidade e um contexto de preços à vista superiores aos preços futuros (backwardation) em muitas commodities provocaram quedas recentes, coincidindo com a rolagem de contratos futuros. A melhora do clima também abala as cotações de muitos produtos agrícolas.

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