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Aliansce Sonae (ALSO3) é o shopping mais descontado da bolsa e pode saltar 35%

30 mar 2022, 16:48 - atualizado em 30 mar 2022, 16:48
Aliansce Sonae apresentou um “ótimo resultado” no último trimestre de 2021 (Imagem: Divulgação/Aliansce Sonae)

Aliansce Sonae (ALSO3) apresentou um “ótimo resultado” no último trimestre de 2021, com lucro líquido 22 vezes maior na base anual, atingindo R$ 115,7 milhões, avaliou a Genial.

A corretora ressalta que a receita líquida da companhia em R$ 278 milhões veio acima das expectativas. “Entendemos que o resultado foi forte e deve vir acompanhado de uma reação positiva do mercado”, disseram os analistas.

No entanto, por volta das 16h25 desta quarta-feira (30), as ações caíam 1,01%, cotadas a R$ 23,46.

A empresa ainda divulgou projeções para 2022. A companhia espera realizar um Capex entre R$ 350 milhões e R$ 400 milhões neste ano, puxado principalmente pelas expansões em shoppings que deverão ser realizadas ao longo do ano.

A Genial afirma que a Aliansce Sonae é a empresa de shopping listada mais descontada na bolsa, mesmo possuindo o menor endividamento dentre as companhias, boa performance operacional e grande capacidade de crescimento orgânico e inorgânico.

Com base nesse cenário, os analistas a preferência pela companhia a recomendação de compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 23,70 — o que implica uma alta de 35%.

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Destaques da Aliansce Sonae no trimestre

A Genial destaca que a receita da Aliansce foi puxada para cima pelo aumento significativo do aluguel, que registrou um SSR (aluguel em mesmas lojas) de 31,4% em relação ao mesmo período de 2019.

Mesmo com um aumento grande no aluguel, o custo de ocupação do lojista (aluguel/venda) ficou em um patamar saudável de 10,0%. “Tão saudáveis, que a taxa de inadimplência caiu para -0,3%, incentivada pela recuperação de pagamentos não realizados no prazo”, explicam os analistas.

As vendas nos shoppings da Aliansce Sonae alcançaram R$ 3,4 bilhões no trimestre, muito próximo do valor registrado no período pré-pandemia, ressalta a corretora. “Mesmo com uma variação quase nula entendemos que esta recuperação é muito positiva, principalmente quando consideramos que o nível de vendas/m² teve um crescimento de 8%”, reitera.

A Genial ainda destaca que a companhia fechou o ano com um nível de dívida líquida/Ebitda de apenas 1x, ante 1,4x no trimestre anterior, o mais baixo dentre as companhias listadas.

Mesmo assim, o aumento da taxa de juros impactou negativamente o resultado financeiro da empresa, que possui dívidas atreladas ao CDI — 73% da dívida total — e ao IPCA — 9% da dívida total. Em suma, o resultado financeiro teve um salto para R$ 70 milhões.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.