Alpargatas (ALPA4): O impacto da variação do petróleo sobre a ação da dona da Havaianas

A cada variação de 10% nos preços do petróleo ocorre uma mudança de 1 ponto percentual na margem bruta da Alpargatas (ALPA4), disse o Bradesco BBI.

A variação implica em uma mudança de 3% no preço-alvo estabelecido pelo banco. “Um cenário de petróleo a US$ 70/barril renderia um potencial de valorização de apenas R$ 2 por ação”.

O Bradesco BBI disse, em relatório assinado por João Andrade e Flávia Meireles, que o cenário-base do banco pressupõe normalização do petróleo tipo Brent em US$ 90 por barril para 2023.

O patamar deve gerar um aumento de custo total de cerca de 2% em 2023 para a Alpargatas. “Achamos que isso está amplamente precificado nas estimativas de consenso”, diz.

Segundo a Reuters, a media das estimativas para ALPA4 aponta um preço-alvo de R$ 28,60, ante os atuais R$ 21.

Custos de Alpargatas

O Bradesco BBI destacou as reduções de preços dos principais custos de insumos da Alpargatas – componentes de borracha (butadieno e estireno) e frete marítimo, que representam cerca de 30% dos custos totais.

“Apesar das recentes quedas nos preços dos componentes de borracha, os spreads para o petróleo estão atualmente elevados (20 a 40%) em comparação com a média histórica, de cerca de 11%”, comenta.

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“Esperamos que os preços dos componentes de borracha aumentem e os spreads se normalizem em 2023”.

O banco segue com recomendação de compra para a Alpargatas e afirma que aguarda a chegada da alta temporada internacional do primeiro semestre de 2023, principal gatilho da tese de investimento.

O desempenho do período deve começar a aparecer no indicador antecedente de dados de exportação do Siscomex, a partir do quarto trimestre de 2022, segundos os analistas do Bradesco BBI.

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