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Alta dos alimentos brutos de março confirmaram pressão sobre o IPCA

08 abr 2022, 12:03 - atualizado em 08 abr 2022, 12:09
Soja
Soja ajudou a pressionar os preços do IPCA em março, junto a outros alimentos

O grupo alimentos e bebidas acelerou a alta de preços em março, sobre fevereiro, carimbando, como se esperava, a manutenção do segundo lugar na elevação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 1,62%, a maior taxa para o mês desde 1994.

O percentual apurado pelo IBGE para o grupo, 2,42% (1,28% em fevereiro), está alinhado ao movimento inflacionário de algumas dos principais itens transformados para consumo final.

Pelo registro do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que compõe o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), algumas matérias-primas brutas avançaram muito no mês passado.

Dentro da subida de 2,80% do IPA, a soja, café e milho representaram a maior pressão, respectivamente 10,16%, 0,89% e 4,92%.

Os dois cereais praticamente triplicaram as altas sobre fevereiro.

Outros produtos alimentícios não captados pelo IPA também seguiram valorizados para o consumidor, como as carnes – exceção da leva queda da proteína de aves, como também apontou o IPA -, e hortaliças.

Também houve repique para os produtos finais a partir do trigo, pelas altas exponencias vindas com a invasão da Ucrânia.

Para abril, há alguma expectativa de preços menores para a soja, que mesmo seguindo em alta externamente, deverá ter um pouco mais de oferta com a safra totalmente concluída em março.

Em relação a carne bovina, os preços do boi estão em recuo, de modo que se não houver viés de alta pelas exportações poderá representar algum recuo no atacado.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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