Alternativa ao Banco do Brasil (BBAS3)? UBS-BB vê bancão barato e com bom ponto de entrada

Enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) perde pontos com o mercado, um outro banco ganha alguns. Trata-se do Santander, ação que andou de lado nos últimos meses, mas que aos poucos cai na graça de analistas.
Mais cedo, o UBS-BB elevou a recomendação de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 38, antes em R$ 30, o que implica potencial de alta de 25%.
No ano, SANB11 sobe quase 27%.
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Segundo os analistas, a companhia possui uma combinação de maior potencial de rentabilidade de longo prazo e estimativas de lucro ligeiramente mais altas.
Nos cálculos dos analistas, o P/VPA (preço sobre o valor patrimonial) implica rentabilidade de longo prazo de cerca de 16%, abaixo dos níveis registrados nos últimos trimestres (e também da projeção do próprio UBS-BB).
“O Santander Brasil tem melhorado sua rentabilidade de forma consistente, e o foco do banco em eficiência e experiência do cliente (ao mesmo tempo em que retoma força nos segmentos de cartão de crédito e depósito”.
Para o UBS-BB, um ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido) próximo de 20% é viável no médio prazo, uma das promessas dessa gestão.
O banco também é negociado a 1,1x o P/VPA estimado para 2025 e a 6,7x o P/L (preço sobre o lucro) estimado para 2025, “mais barato que a maioria dos seus pares brasileiros e semelhante à sua controladora, o Grupo Santander, que negocia a 1,0x P/VPA e 8,5x P/L projetados para 2025”.
“Apesar de o Santander Brasil ter superado o índice local no acumulado do ano, o banco ficou para trás em relação aos seus principais concorrentes”.
Bradesco (BBDC4) sobe 43% e Itaú (ITUB4) 30% no ano.
O UBS-BB elevou as projeções de lucro para 2026-27 em 2-3%, principalmente devido a uma receita mais forte.
Agora, espera que o banco atinja ROAE de 17,1% em 2025, 18,1% em 2026 e 18,9% em 2027.
“A rentabilidade já está acima do custo de capital, enquanto o Santander Brasil é negociado apenas ligeiramente acima do seu valor patrimonial”.
Em 2024, o banco já encerrou o ano com um índice de eficiência (cost-to-income) de 51%, melhor que o do Bradesco (56%), mas muito abaixo do Itaú (43%).
“Vemos espaço para o banco melhorar significativamente esse indicador nos próximos anos (44% em 2028), o que pode aumentar substancialmente a rentabilidade”.
Com o relatório, a ação do Santander subiu 4,65%, a R$ 30,17.