Comprar ou vender?

Amazon, Apple, Google, Microsoft, Meta: qual ação de tecnologia vale mais a pena?

06 jan 2022, 14:51 - atualizado em 06 jan 2022, 18:13

Ao menos no Brasil, o setor de tecnologia tem passado por poucas e boas na bolsa, enquanto nos Estados Unidos as ações das quatro big techs (Apple, Amazon, Meta e Google) têm tido resultados muito positivos.

Com isso, fica a dúvida: em qual das empresas estrangeiras de tecnologia vale mais a pena investir?

É hora de apostar na Apple e em seu valor de mercado de US$ 3 trilhões atingida nesta semana ou de dar um passo para trás e, de uma forma nem tão conservadora assim, investir no Google e em um time que já vem ganhado há alguns anos?

A resposta é complicada.

Segundo Mark Haefele, chefe da área de investimentos do UBS, ações como a da Microsoft (MSFT), Nvidia (NVDC34), Alphabet (GOOGL), Apple (APPL34) e Tesla não são as melhores a longo prazo.

Ao Business Insider, Haefele afirmou que não enxerga mais essas empresas como os melhores lugares para procurar por retornos no setor de tecnologia.

“Nós esperamos um valor maior de companhias que tratam de inteligência artificial, big data, e cibersegurança — os ABCs da tecnologia”, afirmou.

Para ele, até mesmo empresas que têm relação direta com a rede 5G podem ser opções melhores a longo prazo.

Segundo o especialista, investir em qualquer um desses quatro temas pode trazer um “crescimento de receita de 10% e de 16% nos ganhos anuais até 2025”.

Para o restante do setor de tecnologia, ele espera um crescimento de apenas um dígito. O que é bastante, mas deixa de ser tão impressionante.

BDRs

Para Fabrício Gonçalvez, CEO da gestora brasileira Box, os BDRs das empresas de tecnologia continuam a ser uma opção atraente para os investidores locais.

“A Apple, por ter passado de US$ 3 trilhões de avaliação de mercado, deixa de ser tão atrativa, uma vez que os analistas preferem dar oportunidade para outras companhias”, explica.

Segundo Gonçalves, é natural que, a curto e médio prazo, empresas ligadas a chips, como a própria Nvidia, ganhem mais espaço.

“A Nvidia, por exemplo, pode oferecer chips para o metaverso, o que pode ser bom para a empresa. Em minha opinião, faz mais sentido não apostar na Apple e sim na Nvidia, por exemplo”, diz.

Para o executivo, essas empresas ligadas a semicondutores tendem a gerar mais oportunidades de valorização porque são companhias voltadas à energia elétrica e à produção “de algo que está crescendo no mundo inteiro”.

Segundo Gonçalves, tudo pode se resumir a uma frase: “nem sempre as big techs são as melhores opções”. “Enxergo que as empresas ABCs e de semicondutores têm mais espaço para crescer no momento”, afirma.

A mesma opinião é compartilhada por Rodolfo Consenzzo, da área de mercados internacionais na Top Gain.

Segundo ele, “muitas casas de análises podem estar entendendo que o valor do papel da Apple já está muito ‘esticado’ e que outras empresas do mesmo setor podem ser mais atrativas devido à oportunidade de crescimento”.

Qual vale a pena

Para Consenzzo, a ação que vale mais a pena investir no momento é a Amazon.

“Em curto prazo entendo que a Amazon tende a ser mais vantajoso devido ao seu lastro no mercado, como, por exemplo, com novos surtos da covid-19, a população tende a se resguardar e consumir mais de forma online, assim as vendas de seu streaming bem como seu e-commerce tende a aumentar substancialmente”, explica.

Já a longo prazo, Consenzzo acredita que a Meta (ou Facebook) pode angariar “um market share muito sólido tomando frente desse novo mercado”.

“Em geral minhas escolhas seriam na Microsoft, Amazon e Facebook, pois são empresas que encabeçam o novo mercado de tecnologia e inovação, com investimentos no Metaverso, Energia Limpa e desenvolvimento”, afirma.

Em relação a afirmação da UBS, o analista argumenta que “é mais fácil uma empresa que possui um valuation de US$ 10 bilhões dobrar de tamanho do que uma big tech de US$ 3 trilhões”.

“Sendo assim, empresas com baixo custo operacional, potencial de crescimento e geradores de caixa se destacam. O consumo da população está mudando, os hábitos estão mudando. Inteligência artificial e Big Data são de extrema importância para entender esses novos hábitos e identificar onde está o fluxo do dinheiro e a segurança digital para proteção de dados”, diz.

“Isso é uma realidade no Brasil e no mundo.”

Apesar das quedas recentes, para ele, é “hora de investir em boas empresas de tecnologia e energia limpa”. “Temos muitas opções bem descontadas no mercado com potencial de crescimento absurdo”, afirma.

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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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