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Ambev (ABEV3): Após ação perder para o Ibovespa, veja o que esperar do balanço do 1T22

19 abr 2022, 16:17 - atualizado em 19 abr 2022, 16:17
Ambev-Cerveja
Ambev: A cervejeira divulga seus resultados do primeiro trimestre de 2022 no dia 5 de maio, antes da abertura do mercado. (Imagem: Ambev/Divulgação)

A Ambev (ABEV3) divulga seus resultados do primeiro trimestre de 2022 no dia 5 de maio, antes da abertura do mercado.

O Bradesco BBI e a Ágora Investimentos projetam números relativamente animadores, com uma receita líquida de R$ 18,655 bilhões (3% acima do consenso), um Ebitda de R$ 5,833 bilhões (3% acima do consenso) e um lucro líquido de R$ 3,150 bilhões (8% acima do consenso das estimativas).

No geral, os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França esperam resultados positivos.

“Estamos um pouco mais otimistas em relação aos preços consolidados (receita por hectolitro) e volumes de cerveja brasileira (projetamos -1,5% em base anual para a Ambev no 1T22, enquanto achamos que o mercado espera uma queda de “meio dígito” no período)”.

Eles destacam que as ações da cervejeira tiveram um desempenho inferior ao IBOV em 15 p.p. no acumulado do ano, devido aos fracos dados de produção de bebidas alcoólicas no Brasil.

Ainda assim, se a projeção acima do consenso for confirmada, os especialistas avaliam que o impacto será positivo nas ações e também que os números significarão mais ganhos de participação de mercado para a Ambev, já que a sua concorrente Heineken provavelmente elevou os preços durante o trimestre como parte de seu processo em andamento para recuperar margens.

“Em suma, vemos a Ambev negociando em um atraente múltiplo P/L 2022 de cerca de 16,5x (abaixo da média histórica de 23x), apoiando assim a recomendação de Compra”, dizem os analistas.

Nem tão otimista assim

Já o Goldman Sachs discorda e não projeta resultados tão bons para o primeiro trimestre do ano.

Os analistas Thiago Bortoluci e Galdino Facão reiteraram a recomendação de venda da ação, por acreditarem que a inflação de custos sustentada em meio a condições macroeconômicas desafiadoras no país pode continuar a “cobrar seu preço” e pesar negativamente nos resultados da Ambev.

O banco espera para o 1T22 uma contração anual de -2,0% no volume dentro da principal divisão de cerveja do Brasil, uma vez que o recuperação recente em março pode não ser suficiente para compensar totalmente a pressão de janeiro e fevereiro.

Além disso, a inflação de custos sustentada em todas as divisões pode potencialmente acelerar ainda mais para o segundo semestre do ano.

Por outro lado, os analistas do Goldman esperam um elevado crescimento de receita de um dígito por hectolitro, positivamente impactado pelo carry do aumento de preços de outubro, além de uma boa precificação nominal na Argentina e alguma alavancagem no SG&A, parcialmente impulsionada por um menor volume de acúmulo de bônus.

“Os principais riscos de alta para nossa visão de investimento incluem: um resultado melhor do que o desempenho esperado dentro da Cerveja Brasil, incluindo crescimento de volume, preço real, mix de produtos, mix de embalagens, mix de canais e penetração digital; um lançamento mais rápido do que o esperado de iniciativas digitais como BEES, Zé Delivery e Donus; um desempenho mais forte dentro do LAS; e uma inflação de custos mais branda”, avaliam.

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Jornalista paulistana formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e editora do Money Times. Passou pelas redações da CNN Brasil e TV Globo como produtora, VOCÊ S/A e VOCÊ RH como repórter e Exame.com como redatora estagiária.
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