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Ambipar (AMBP3): Ações despencam 29% após pedido de recuperação judicial

21 out 2025, 10:44 - atualizado em 21 out 2025, 13:05
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As ações da Ambipar despencaram após o anúncio de recuperação judicial. (Imagem: Ambipar/Divulgação)

Após entrar com pedido de recuperação judicial no Brasil e nos Estados Unidos, as ações da Ambipar (AMBP3) ampliaram a queda. Por volta das 13h04, o papel despencava R$ 0,41.

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No início da madrugada desta terça-feira (21), a companhia anunciou o mercado que entrou com o pedido na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.

No comunicado, o Grupo Ambipar afirma que a Ambipar Emergency Response, que tem sede nas Ilhas Cayman e atua em crises ambientais, também entrou com pedido de recuperação pelo Chapter 11 na justiça dos Estados Unidos.

O movimento era amplamente aguardado pelo mercado, tendo em vista a crise de caixa e o risco de pagamento acelerado de dívidas de bilhões de reais.

As ações da companhia foram ao pó e fecharam o pregão de segunda-feira a R$ 0,58, contra mais de R$ 10 no final de setembro, tendo deixado nove índices da B3 de que faziam parte.

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Caso o pedido de RJ seja aceito, a companhia pode ganhar fôlego para organizar um plano de pagamento. No fim de setembro, a Ambipar já havia conseguido na Justiça medida cautelar que suspendeu execuções e cobranças por 30 dias, prorrogáveis por mais 30.

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A Ambipar apresentou à Justiça do Rio de Janeiro um relatório gerencial de seu fluxo de caixa, em envelope lacrado e sob sigilo, conforme consta no pedido de recuperação judicial.

O documento inclui projeções financeiras para os próximos dois anos, segundo informações do Broadcast.

A empresa, que possui uma das maiores dívidas do mercado — de quase R$ 11 bilhões —, detalha o destino do caixa de R$ 4,7 bilhões registrado no segundo trimestre, dos quais afirma ter R$ 2 bilhões disponíveis imediatamente.

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De acordo com a agência de notícias, entre os maiores credores da Ambipar estão os bancos Santander Banco do Brasil. Só com os bancos, a companhia soma dívidas no valor de R$ 2 bilhões; o Santander exige um pagamento de US$ 120 milhões em 24 horas.

O colapso da Ambipar

O colapso estourou no dia 22 de setembro, quando os bonds da Ambipar com vencimento em 2031 desabaram no mercado internacional, pouco antes de a empresa ter anunciado a sua sétima emissão de debêntures, no valor de R$ 3 bilhões.

Do outro lado do balcão, o Deutsche Bank, um dos credores, não assistiu a tudo isso parado. A instituição exigiu um aditivo de US$ 35 milhões, provocando um efeito em cadeia que poderia acelerar obrigações financeiras em até R$ 10 bilhões.

Segundo a revista Veja, o contrato com o banco alemão previa a cobrança do aditivo em caso de desvalorização dos bonds no mercado internacional.

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Sem alternativas, a Ambipar recorreu à proteção judicial em setembro, alegando que o banco exigia garantias muito além dos termos contratuais. A ação da empresa gerou dúvidas no mercado com medidas contraditórias.

Ao mesmo tempo que reportou uma dívida de R$ 616 milhões, segundo a agência S&P Global, a companhia registrou uma posição de caixa de R$ 4,7 bilhões no fim do segundo trimestre, o que deveria ser mais que suficiente para cobrir as dívidas.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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