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Ambipar (AMBP3): Ações voltam a despencar 30% após companhia rebater bancos credores

06 out 2025, 12:58 - atualizado em 06 out 2025, 12:58
Ambipar
(Imagem: Reprodução)

As ações da Ambipar (AMBP3) voltam a cair forte nesta segunda-feira (6) após a companhia, na sexta-feira (6), ter rebatido bancos credores, que pediram na justiça esclarecimentos sobre o pedido de tutela cautelar da companhia. Pelas 12h15, o recuo era de cerca de 30,5%, a R$ 0,97.

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A empresa destaca que a revogação da medida cautelar, pleiteada por algumas instituições financeiras, teria efeitos devastadores para o grupo.

Entre os riscos citados pela Ambipar estão, por exemplo, a perda imediata de mais de 23 mil empregos diretos e indiretos, a interrupção do pagamento de R$ 500 milhões em tributos anuais e o rompimento de contratos. Além disso, haveria o prejuízo para mais de 12 mil acionistas e o risco de liquidação antecipada de dívidas que somam mais de R$ 10 bilhões.

Segundo a companhia, a medida judicial concedida foi responsável por evitar o seu colapso, que possui 600 bases operacionais em todo o mundo.

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro já confirmou a manutenção da tutela cautelar contra pedido do Deutsche Bank. O relator destacou que não há risco de dano às instituições financeiras, que registraram lucro líquido superior a R$ 130 bilhões em 2024, enquanto os prejuízos para a Ambipar seriam irreversíveis.

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O documento aponta ainda que a situação foi desencadeada por operações financeiras questionáveis conduzidas pelo então CFO da companhia, João Daniel Piran de Arruda.

Arruda teria migrado contratos de swap do Bank of America para o Deutsche Bank e firmado aditivos sem autorização do Conselho de Administração, alterando garantias e expondo a empresa a exigências desproporcionais de colaterais.

Com essa mudança, o Deutsche Bank passou a demandar aportes superiores a R$ 200 milhões em garantias adicionais, situação que precipitou o pedido emergencial de tutela cautelar. Pouco antes da revelação da crise, o executivo deixou o cargo e, segundo a companhia, até antes desse episódio, a condição financeira era positiva.

A companhia refuta também os argumentos dos credores, que alegam incompetência da Justiça do Rio de Janeiro, onde o caso está, e tentam transferir o caso para São Paulo. A Ambipar sustenta que sua principal base operacional está no Rio, onde mantém a Estação de Tratamento de Resíduos de Duque de Caxias, operações no Porto do Açu, na Baía de Guanabara e na Baía de Sepetiba, entre outras.

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A empresa reforça que a decisão liminar concedida foi prudente e indispensável para evitar o colapso do grupo empresarial. 

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