Ambipar (AMBP3) dispara 23%; veja os últimos acontecimentos

A Ambipar (AMBP3) salta nesta quinta-feira (09) em meio às incertezas que tomaram conta da companhia nas últimas semanas. Por volta das 12h, a ação subia 23,5%, a R$ 0,84.
Vale lembrar que, por estar negociada a menos de R$ 1, ou seja, uma penny stock, as variações ficam mais voláteis.
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No radar da empresa está uma possível recuperação judicial para a próxima semana. De acordo com a Bloomberg, a companhia deve entrar com um pedido na Justiça do Rio de Janeiro.
Desde o pedido de proteção contra credores, o mercado especula sobre uma possível RJ, embora uma fonte a par dos assuntos consultada pelo Money Times tenha tido que a intenção era evitar o processo.
Ao fim do segundo trimestre, o endividamento líquido da Ambipar era de quase R$ 6 bilhões, com projeção de dívida líquida/Ebitda de 3,2 vezes para 2025, segundo cálculos do UBS BB.
Calotes em fundos
A empresa também começa a ter problema com calotes.
A administradora e a gestora do fundo imobiliário BM Brascan Lajes Corporativas (BMLC11) informaram ao mercado via fato relevante que o fundo não recebeu o valor de aluguel da Ambipar Response referente a setembro de 2025.
O documento divulgado na terça-feira (7) aponta que, devido ao calote, o recebimento de aluguel foi negativamente impactado em R$ 0,06 por cota, com reflexo direto na distribuição de dividendos aos cotistas referentes ao mês de setembro deste ano.
Dividas em cascata: O estopim da crise
Já no último dia 22, os bonds da Ambipar com vencimento em 2031 desabaram no mercado internacional pouco antes da empresa ter anunciado, via fato relevante, a sua sétima emissão de debêntures, no valor de R$ 3 bilhões.
Do outro lado do balcão, o Deutsche Bank não assistiu a tudo isso parado. A instituição exigiu um aditivo de US$ 35 milhões, provocando um efeito em cadeia que poderia acelerar obrigações financeiras em até R$ 10 bilhões.
Segundo a revista Veja, o contrato com o banco alemão previa a cobrança do aditivo em caso de desvalorização dos bonds no mercado internacional.
Sem alternativas, a Ambipar recorreu à proteção judicial, alegando que o banco exige garantias muito além dos termos contratuais.