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Americanas (AMER3): Como mundo quer se proteger de risco do varejo

30 maio 2023, 16:48 - atualizado em 30 maio 2023, 16:49
CVM
A partir de 2024, as empresas terão que adotar os novos procedimentos de divulgação das operações de risco sacado (Imagem: Bloomberg)

Após o risco sacado ter provocado uma crise gigantesca na Americanas (AMER3), o Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês) revisou as normas para deixar a prática mais transparentes.

A partir de 2024, as empresas terão que adotar os novos procedimentos de divulgação das operações de risco sacado, anexos em suas demonstrações financeiras, contendo as seguintes informações:

  • termos e condições das operações com fornecedores;
  • exposição ao risco sacado nos fluxos de caixa do balanço; e
  • detalhamento das operações contratadas, incluindo prazos de pagamento, efeitos não caixa e eventuais riscos de liquidez.

Antes, muitas empresas não informam o volume de Risco Sacado presente em sua conta de fornecedores, “o que pode induzir o investidor ao erro durante a análise financeira, a partir da subavaliação das obrigações financeiras detidas pela companhia”, diz a XP Investimentos em relatório.

Para a corretora, a medida é positiva, trazendo maior segurança e credibilidade ao mercado financeiro, uma vez que a nova regra deve reduzir distorções de alavancagem e análises comparativas.

O que é risco sacado?

As negociações em risco sacado repassam a responsabilidade do pagamento de fornecedores para instituições financeiras.

É uma operação de curto prazo, comum para gestão do capital de giro, uma vez que permite a extensão do prazo de pagamento aos fornecedores pela empresa.

Outras empresas do setor também realizam operações de risco sacado – o que, na avaliação de analistas, evidência um risco de ocultação de informações relevantes no balanço dessas companhias.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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