Mercados

Americanas (AMER3) desaba e Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) operam no vermelho; Black Friday desapontou o varejo?

28 nov 2022, 12:23 - atualizado em 28 nov 2022, 12:23
Black Friday
Varejistas começam dia em queda no Ibovespa, após Black Friday (Imagem: Tânia Rêgo /Agência Brasil)

A Black Friday, que ocorreu na última sexta-feira (25), gerava a expectativa de impulsionamento do varejo. Segundo projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Black Friday faria o comércio varejista brasileiro movimentar R$ 4,21 bilhões este ano.

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Já a expectativa da consultoria Ebit/Nielsen é de que 78% dos brasileiros iriam realizar alguma aquisição este ano para a Black Friday.

Estes dados refletiriam positivamente nas vendas de grandes varejistas, como Americanas (AMER3), Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3), que registraram prejuízos no terceiro trimestre de 2022.

Contudo, segundo levantamento da Confi Neotrust, empresa de inteligência de dados com foco em varejo online, em parceria com a ClearSale, até a noite de sexta-feira (25) as vendas caíam 34% nos dois principais dias, com o maior impacto negativo registrado na quinta-feira (24), com a estreia da Seleção Brasileira na Copa no Mundo, contra a Sérvia.

Os dados apontam ainda que de quinta-feira (24), até as 19h de sexta-feira (25), as vendas caíram mais de 30% em comparação a 2021.

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Sábado registrou recuperação

No sábado, consideradas as transações realizadas no dia 26 de novembro, da meia-noite até 23h59, houve aproximação com os números de 2021, com registro de mais de R$ 1,2 bilhão em transações, 4,3% a menos do que em 2021, mas igualando-se a 2020. O ticket médio ficou empatado com um ano antes, em R$ 571,15.

O total de pedidos teve uma queda de 4,4%, em relação ao mesmo dia de 2021, atingindo 2,2 milhões de pedidos. Em quantidade de produtos vendidos, sábado ficou apenas 1,4% menor do que em 2021, com 5,8 milhões de itens.

Índice Cielo de Varejo Ampliado aponta alta na Black Friday

Segundo os dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA), as vendas do varejo cresceram 6,9% na Black Friday ante o ano passado.

Conforme os dados, houve alta de 21,1% no e-commerce e 5,4% no varejo físico. Contudo, as vendas gerais registraram queda de 2,8% em relação à Black Friday de 2019, período anterior à pandemia. Os números são referentes apenas às sextas-feiras em que as Black Fridays de cada ano foram realizadas.

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Por regiões, a que registrou maior expansão do faturamento foi a região Sul, com crescimento de 18,4% no Rio Grande do Sul, 13% em Santa Catarina e 11% no Paraná. Já na região sudeste, as vendas saltaram 6,5%, com alta de 8,6% em Minas Gerais, 7,4% em São Paulo e 3,3% no Rio de Janeiro.

Na ponta negativa, o pior desempenho da Black Friday ficou com a região Norte, com queda de 2,9% nas vendas, com queda de 16% em Roraima. Por fim, no Centro-Oeste, as vendas subiram 3,5% e no Nordeste, tiveram alta de 0,2%.

Segundo o superintendente de dados e inovação da Cielo, Vitor Levi, a Black Friday tem se fortalecido de 2020 até 2022, principalmente devido ao canal e-commerce, que está cada vez mais inserido na rotina dos consumidores.

“Mesmo com essa performance, o faturamento da Black Friday deste ano ainda está 2,8% abaixo do verificado em 2019, ano anterior à pandemia”, diz.

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Reação das varejistas nesta segunda-feira

Por volta das 12h22 desta segunda-feira (28), a Americanas (AMER3) registrava queda de 7,78%, performando entre as maiores quedas do Ibovespa. Já Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) caíam 1,75% e 3,57%, respectivamente.

Apesar de a Terra Investimentos ter apontado que as varejistas eram as que mais tinham a se beneficiar com a data, os analistas já haviam avaliado que o ano não foi positivo para o consumo e, apesar da melhora no segundo semestre, a conjuntura atual ainda não é favorável para que a população realize grandes gastos.

Em relatório divulgado no domingo (27), analistas do BTG Pactual explicaram que a análise do evento deve considerar as antecipações realizadas pelas empresas.

“Dadas as compras antecipadas nas semanas que antecederam a Black Friday, o evento não deve ser analisado isoladamente” afirmam.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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