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Americanas (AMER3) é ‘absolutamente viável’, diz Sergio Rial, em pronunciamento; veja o vídeo

12 jan 2023, 12:49 - atualizado em 12 jan 2023, 12:49

O ex-CEO da Americanas (AMER3) Sergio Rial fez um pronunciamento nesta quinta-feira (12) após a repercussão da notícia de inconsistências contábeis no valor aproximado de R$ 20 bilhões no balanço da varejista.

Em vídeo, Rial esclareceu algumas perguntas sobre o episódio, reforçando a narrativa dada em teleconferência realizada com analistas de que ainda não há precisão da data em que essas irregularidades começaram.

Rial disse que as inconsistências contábeis não se tratam somente do exercício de 2022, mas de “vários anos passados”.

“Não sou capaz, nesse momento, de poder dizer a você exatamente quando começou”, voltou a dizer o executivo.

Rial contou que percebeu as inconsistências contábeis a partir de seu interesse em entender algumas linhas importantes dos resultados da Americanas, incluindo a parte da tributação e o funcionamento da parte de adiantamento a fornecedores.

Segundo Rial, as inconsistências estavam sendo lançadas na linha de fornecedores, e não tratadas como dívida bancária.

“Eu percebo que boa parte dessa conta fornecedor da Americanas era essencialmente dívida bancária e, portanto, terá que ser recatalogada como tal”, comentou.

Rial reforçou que os R$ 20 bilhões são um valor estimado, com base em diversos lançamentos contábeis que surgiram ao longo dos últimos anos.

Rial ressaltou que esses R$ 20 bilhões, com base no que apurou, estão no balanço.

“Esse número está dentro da estrutura atual do balanço. Só que ele não está registrado, apropriado, ao longo dos últimos anos”, explicou o executivo.

No entendimento de Rial, para qualquer empresa, é melhor ter uma conta fornecedor do que adicionar tal estrutura de financiamento na dívida bancária.

Americanas é “viável”

Rial fez questão de destacar que, apesar da irregularidade encontrada no balanço, a Americanas “segue vendendo” e é “absolutamente viável”.

Questionado sobre a sua renúncia após pouco mais de uma semana no cargo, Rial afirmou que “o tamanho do que tem que ser feito não era necessariamente aquilo que eu queria no primeiro momento, de ir para a Americanas e, a partir dela, enveredar um projeto muito forte de crescimento”.

“Acredito muito no modelo híbrido da Americanas, da loja física juntamente com uma plataforma digital”, defendeu o ex-CEO.

Devido ao episódio de inconsistências, foi criado um comitê independente para avaliação da prática contábil e realizar os ajustes necessários no balanço da Americanas.

Os acionistas de referência da Americanas, presentes no quadro acionário há mais de 40 anos, informaram ao conselho de administração que pretendem continuar suportando a companhia, tendo Rial como seu assessor nesse processo, prestando apoio na condução dos trabalhos.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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