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Americanas (AMER3): Gestora gringa trilionária despeja 52 milhões de ações no mercado

23 jan 2023, 12:48 - atualizado em 23 jan 2023, 13:50

americanas

A Capital Group vendeu 52 milhões de ações da Americanas (AMER3), mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (23).

Com isso, a gestora passou a deter 36,7 milhões, ou 4,07%, dos papéis da companhia.

Segundo o site de RI da Americanas, até 23 de dezembro a Capital Group era a segunda maior acionista da varejista, com 89 milhões de papéis, o que representava 9,91% do total.

Fundada em 1931 nos Estados Unidos, a Capital Group possui US$ 2,2 trilhões sob gestão.

Veja na tabela:

Na semana passada, a Nuveen LLC diminuiu sua exposição na empresa para menos de 5%.

Derrocada da Americanas

Desde que anunciou o rombo de R$ 20 bilhões por problemas no risco sacado, a empresa entrou em uma espiral negativa, com corte de recomendação por parte de corretoras e de agências de classificação de risco.

A ação derreteu mais de 90% desde então, com o papel saindo do patamar de R$ 12 para R$ 0,80, e oito investigações na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abertas para descobrir os responsáveis.

Na quinta, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial em uma última cartada para tentar se salvar da falência após credores e acionistas não chegarem a um acordo sobre o capital mínimo exigido.

Recuperação judicial vai afastar, mesmo, risco de falência?

As perspectivas de que a Americanas quite sua dívida após a recuperação judicial são “bem pessimistas”, diz o analista da Benndorf, Niels Tahara.

Segundo ele, mesmo se houver um grande aporte dos acionistas de referência, ainda há o desafio de tornar a empresa consistentemente lucrativa e rentável.

Para ele, no momento, as chances de a varejista decretar falência “parecem relativamente altas, mas é preciso entender se haverá aporte de capital e a magnitude dele”.

“Mesmo se conseguir sair da recuperação judicial, devemos ver uma Americanas diferente. Há casos de empresas que saíram da RJ, mas ainda com resultados bastante negativos, como a Oi, por exemplo”, avalia Tahara.

Com Giovanna Leal

Veja o documento:

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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