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Americanas (AMER3): Lemman, Sicupira e Telles perdem US$ 684 milhões após rombo fiscal

12 jan 2023, 12:07 - atualizado em 12 jan 2023, 12:45
Americanas Ações Acionistas Jorge Paulo Lemann
Acionista de referência da Americanas (AMER3), Lemann, perde US$ 345 milhões após anúncio do rombo fiscal (Imagem: Bloomberg)

A queda de 75% das ações da Americanas (AMER3) só no leilão desta quinta-feira (12), horas após o anúncio da inconsistência contábil de R$ 20 bilhões, fez com que os bilionários com posição no varejista perdessem milhões de dólares de suas fortunas.

Antes mesmo dos papéis começarem a ser negociados no sistema aberto da B3, o acionista histórico de AMER3, Jorge Paulo Lemann, perdeu US$ 345 milhões de seu patrimônio líquido. A fortuna do economista passou a ser de US$ 16 bilhões, e ele ocupa a 105ª posição no ranking de bilionário da Forbes.

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Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, que formam a 3G Capital junto a Lemann, também viram parte de seus capitais irem embora. Telles perdeu US$ 186 milhões, e agora tem US$ 10,8 bilhões, e Sicupira perdeu US$ 153 milhões, totalizando US$ 8,9 bilhões.

Juntos, os três bilionários perderam US$ 684 milhões. Mesmo após o rombo fiscal e o baque em seus patrimônios, eles não devem deixar a empresa.

Em comunicado, a Americanas deixou claro que seus acionistas de referência, “informaram ao conselho de administração que pretendem continuar suportando a companhia, tendo o Sergio Rial como seu assessor nesse processo, prestando apoio na condução dos trabalhos”.

O que aconteceu com a Americanas

Na noite de quarta-feira (11), a Americanas informou uma “inconsistência contábil” de R$ 20 bilhões. O varejista disse que não é possível determinar todos os impactos na demonstração de resultado e em seu balanço patrimonial.

A cifra do buraco fiscal da Americanas é maior que o valor de mercado da própria companhia, que vale cerca de R$ 10 bilhões na bolsa.

Segundo o TradeMap, o volume do rombo é equivalente ao valor de mercado da Magazine Luiza que, ontem 11 de janeiro valia R$ 20,20 bilhões, ou da Lojas Renner, que valia R$ 20,22 bilhões.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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