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Anglo American corta investimentos e custos devido a impactos do coronavírus

23 abr 2020, 10:41 - atualizado em 23 abr 2020, 10:41
Anglo American Mina-Rio
No Brasil, a produção da Anglo American cresceu, com a mina Minas-Rio aumentando a produção em 31%, para 6,4 milhões de toneladas no primeiro trimestre (Imagem: YouTube/AngloAmericanBR)

A mineradora global Anglo American informou nesta quinta-feira um corte na sua projeção de investimentos para o ano de cerca de 1 bilhão de dólares, e disse também que reduzirá custos para suportar os impactos do coronavírus.

A exposição da Anglo à África do Sul, que responde por cerca de metade de seus lucros, forçou a companhia a cortar investimentos e reduzir custos depois que o governo impôs medidas de isolamento para diminuir o ritmo de propagação do vírus.

As medidas de isolamento foram a principal razão para uma queda de 4% na produção do grupo no primeiro trimestre, quando houve recuo na produção de platina, paládio, minério de ferro e diamante.

“As principais medidas de combate à Covid-19 e a incerteza econômica deverão resultar em atrasos tanto para a aprovação de projetos quanto para o comissionamento de determinados projetos em andamento”, disse a companhia.

As operações na África do Sul estão agora rodando com 50% da capacidade, e a mineradora reduziu a projeção de produção em 2020 de carvão, platina, paládio, minério de ferro e diamantes.

No Brasil, por outro lado, a produção cresceu, com a mina Minas-Rio aumentando a produção em 31%, para 6,4 milhões de toneladas no primeiro trimestre.

A Anglo disse que os investimentos serão reduzidos em cerca de 1 bilhão de dólares, para entre 4 bilhões e 4,5 bilhões de dólares.

A companhia também identificou reduções de custos de cerca de meio bilhão de dólares, acrescentando que ainda se beneficiou de moedas mais fracas nos países onde produz e com a queda nos preços do petróleo.

Alguns cortes de custos virão de restrições a despesas discricionárias, menores despesas gerais e adiamentos em atividades de exploração, disse a Anglo em comunicado.

reuters@moneytimes.com.br