Política

Antes de teste positivo, Bolsonaro minimizou os riscos da Covid-19

07 jul 2020, 16:37 - atualizado em 07 jul 2020, 16:37
Jair Bolsonaro
“Pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar”, disse o presidente (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

O presidente Jair Bolsonaro, que minimizou repetidamente a gravidade do coronavírus e resistiu a medidas para mitigar a disseminação da doença, teve resultado positivo em teste para a Covid-19.

Na segunda-feira, o Brasil registrou um total de 1.623.284 casos do coronavírus e 65.487 mortes provocadas pelo vírus.

Veja alguns comentários de Bolsonaro sobre a doença.

9 de março, falando a brasileiros em Miami:

“Tem a questão do coronavírus também, que no meu entender está superdimensionado o poder destruidor desse vírus, então talvez esteja sendo potencializado até por questão econômica.”

24 de março, em discurso televisionado à nação:

“No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho.”

Jair Bolsonaro Máscara Coronavírus
O presidente chegou a dizer que a Covid-19 seria apenas uma “gripezinha” (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

26 de março, em live no Facebook:

“O brasileiro tem que ser estudado. A gente vê, às vezes, em certas comunidades, se dá uma chuva o cara fica pulando no rio ali junto com esgoto, etc, e o cara não pega nada, pô. Nem leptospirose ele pega. Pega nada, tá certo? Mas tudo bem. Parece que o brasileiro, realmente, tem o corpo aí blindado nessa questão.”

29 de março, percorrendo as ruas de Brasília sem máscara:

“O vírus está aí, vamos ter que enfrentá-lo. Mas enfrentar como homem, pô! Não como moleque. Vamos enfrentar o vírus com a realidade. É a vida! Todos nós iremos morrer um dia.”

12 de abril, respondendo a líderes religiosos via videoconferência:

“Quarenta dias depois, parece que está começando a ir embora a questão do vírus, mas está chegando e batendo forte o desemprego. Devemos lutar contra essas duas coisas.”

20 de abril, questionado por jornalista sobre a contagem de mortos no Brasil:

“Não sou coveiro, tá?”

28 de abril, questionado por jornalistas sobre o crescimento do número de mortos:

“E daí? Lamento, quer que eu faça o quê? Sou Messias, mas não faço milagre.”

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