Saúde

Anvisa decide liberar o uso de autotestes para a detecção da Covid-19 no Brasil

28 jan 2022, 11:32 - atualizado em 28 jan 2022, 12:15
Anvisa
(Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu aprovar a liberação do uso de autotestes no Brasil. O presidente Antonio Barra Torres não participou.

A relatora Cristiane Jourdan, que já havia votado para autorizar a liberação, na discussão do dia 19, apresentou novamente voto favorável. Os outros três diretores acompanharam a relatora e a decisão foi unânime.

Agora passa a ser permitida a venda de autotestes diretamente ao consumidor em farmácias e estabelecimentos de saúde, desde que licenciados para comercializar dispositivos médicos.

A decisão, contudo, não tem efeito prático imediato, porque as empresas habilitadas legalmente que desejarem colocar esses dispositivos à venda terão que registrar o produto primeiro na Anvisa, que destacou que analisará os pedidos com prioridade.

O pedido original para a liberação dos autotestes foi feito no dia 14, quando o ministério argumentou que o procedimento seria uma estratégia complementar ao Plano Nacional de Expansão da Testagem.

A diretoria da agência avaliou no dia 19 que a nota apresentada pela pasta não cumpria os requisitos inerentes a uma política pública.

A pasta encaminhou as informações solicitadas na terça-feira (25), o que permitiu a retomada da discussão por parte da agência.

Alta procura por testes

Os dados mais recentes da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) mostram que na segunda semana de janeiro (10 a 16) manteve-se a tendência de aumento do número de exames realizados para detecção da Covid-19, tal como da taxa de positividade.

No período foram realizados 424 mil exames, o que indicou um aumento de 77% em relação à semana anterior (240 mil). A associação aponta que a taxa de positividade atingiu a média de 46%.

Como funciona a autotestagem

O procedimento é semelhante a um teste rápido de farmácia, cujo resultado sai em 15 minutos.

O usuário passa o cotonete nas duas narinas e coloca o material coletado em contato com um reagente e, posteriormente, inserido no teste.

O cotonete, nesse caso, não precisa ser enfiado até o fundo do nariz para alcançar a nasofaringe, como acontece com o PCR.

O mecanismo já é utilizado nos Estados Unidos e no Reino Unido, por exemplo. O custo, em média de 10 dólares, o torna acessível para compra.

Confira a reunião da Anvisa foi definida a autorização:

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Jornalista paulistana formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e editora do Money Times. Passou pelas redações da CNN Brasil e TV Globo como produtora, VOCÊ S/A e VOCÊ RH como repórter e Exame.com como redatora estagiária.
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