Saúde

Anvisa diz que está em contato com AstraZeneca sobre reação adversa em teste de vacina contra Covid-19

09 set 2020, 14:42 - atualizado em 10 nov 2020, 17:08
AstraZeneca
A vacina desenvolvida pela AstraZeneca, em parceira com a Universidade de Oxford, do Reino Unido, é tida pelo governo brasileiro como uma das principais apostas para a imunização contra o Covid-19 no país (Imagem: REUTERS/Brian Snyder)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta quarta-feira que está em contato com o laboratório britânico AstraZeneca para ter acesso à totalidade das informações sobre o evento adverso que levou a empresa a suspender os testes de sua candidata a vacina contra a Covid-19, e confirmou que não há relato de problemas entre os voluntários brasileiros do ensaio clínico.

“No Brasil, não há relato de eventos adversos graves em voluntários. A Anvisa já está em contato com o laboratório AstraZeneca para o acesso à totalidade das informações e interlocução com outras autoridades de medicamentos no mundo”, disse a Anvisa em nota, atualizando comunicado divulgado logo após o anúncio da AstraZeneca na véspera.

Veja o comunicado da Anvisa:

A agência disse que foi informada pelo laboratório sobre a suspensão uma vez que o Brasil é um dos países que participam do estudo global, e acrescentou que o objetivo da interrupção é verificar se, de fato, o efeito inesperado encontrado em um voluntário no Reino Unido tem relação com a vacina aplicada.

A vacina desenvolvida pela AstraZeneca, em parceira com a Universidade de Oxford, do Reino Unido, é tida pelo governo brasileiro como uma das principais apostas para a imunização contra o Covid-19 no país.

O Brasil, por meio do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz, assinou um memorando de entendimento com a AstraZeneca que prevê a compra de 30 milhões de doses da vacina, com entrega em dezembro deste ano e janeiro do ano que vem, e a possibilidade de aquisição de mais 70 milhões se a vacina tiver eficácia e segurança comprovadas.

Além disso, o acordo inicial prevê a transferência da tecnologia para produção local na Fiocruz, com previsão do ministério de início ainda no primeiro semestre de 2021 –o que foi colocado em dúvida por especialistas ouvidos pelas Reuters devido à complexidade do processo de transferência de tecnologia.

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