Saúde

Anvisa proíbe “canetas emagrecedoras” irregulares que tentam imitar efeito do Ozempic

21 nov 2025, 16:28 - atualizado em 21 nov 2025, 16:28
Canetas emagrecedoras anvisa
(Imagem: Getty Images/Canva)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) intensificou as ações contra o mercado irregular de medicamentos voltados ao emagrecimento. A nova ofensiva regulatória mira diretamente algumas das chamadas “canetas emagrecedoras”, produtos que atuam como agonistas de GLP-1 e tentam replicar os efeitos do Ozempic.

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Por meio de resoluções recentes, a agência suspendeu a fabricação, distribuição, comercialização, importação, divulgação e uso de itens que vinham sendo oferecidos de forma ilegal no país. Entre eles:

  • T.G. 5 (RE 4030)

  • Lipoless (RE 3676)

  • Lipoless Éticos, Tirzazep Royal Pharmaceuticals e T.G. Indufar (RE 4641)

De acordo com a Anvisa, nenhum desses produtos passou por avaliação de qualidade, eficácia e segurança — ainda assim, vinham ganhando espaço em redes sociais, marketplaces e grupos privados, o que levou a agência a intervir.

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Por que as “canetas emagrecedoras” foram proibidas

A explosão de popularidade de medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro — todos agonistas de GLP-1 usados no tratamento de diabetes e obesidade — redefiniu globalmente a discussão sobre perda de peso.

No Brasil, o interesse do público disparou, fortalecendo tanto o mercado regulado quanto o paralelo, que passou a oferecer “substitutos” mais baratos ou de acesso imediato.

Embora o Ozempic esteja regularizado e não tenha qualquer restrição no país, sua classe farmacológica passou a ser monitorada mais de perto. Desde 2025, todos os agonistas de GLP-1 aprovados no Brasil exigem prescrição com retenção da receita para evitar desvio de uso.

É nesse contexto que os produtos proibidos entram em cena.

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A Anvisa relata crescimento expressivo na publicidade e na comercialização clandestina dessas versões, muitas delas apresentadas como caminhos rápidos para emagrecer. O problema: nenhuma teve segurança testada no Brasil.

Além disso, a propaganda direta ao consumidor — proibida para medicamentos sob prescrição — passou a ocorrer abertamente em lives, anúncios patrocinados e grupos de WhatsApp.

A agência classifica o avanço do mercado clandestino como “preocupante”, principalmente pela falta de rastreabilidade. Em caso de reação adversa, falsificação ou adulteração, o Estado não tem mecanismos eficazes de controle.

Importação também entra na lista de vetos

Em situações normais, medicamentos sem registro podem ser importados em caráter excepcional, desde que:

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  • o uso seja estritamente pessoal,

  • haja prescrição médica,

  • e o paciente cumpra requisitos adicionais.

Com as resoluções específicas, essa brecha é completamente fechada: todas as importações dos itens listados estão suspensas, independentemente da origem, do canal utilizado ou da presença de receita.

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Sem registro, não há fiscalização possível

A falta de registro sanitário impede o acompanhamento de efeitos adversos e inviabiliza ações como recall, alertas ou suspensão de lotes.

Produtos aprovados no país passam por monitoramento contínuo do detentor do registro, responsável por qualidade, oferta e eventuais intercorrências. No caso dos itens irregulares, a rastreabilidade é praticamente inexistente.

A Anvisa ainda ressalta riscos adicionais:

  • bulas e rótulos em idiomas estrangeiros, aumentando o risco de uso incorreto;

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  • possibilidade de falsificação, adulteração ou fabricação clandestina;

  • dificuldade de atuação das autoridades brasileiras, já que muitos deles seguem normas estrangeiras.

As medidas representam um freio explícito ao avanço das versões clandestinas de GLP-1 no Brasil e reforçam a estratégia da agência de limitar o acesso a produtos sem comprovação de segurança.

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Jornalista com especialização em Gestão de Mídias Digitais. Atua como repórter nos portais de notícias Money Times e Seu Dinheiro.
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