Política

Ao vivo: Deputados ouvem Sérgio Moro sobre mensagens da Lava Jato

02 jul 2019, 14:35 - atualizado em 02 jul 2019, 14:36

Começou há pouco a reunião para ouvir o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Três comissões da Câmara dos Deputados realizam a audiência: de Constituição e Justiça e de Cidadania; de Trabalho, Administração e Serviço Público; de Direitos Humanos e Minorias.

Os deputados querem esclarecimentos sobre o conteúdo revelado pelo site de notícias The Intercept Brasil, que trouxe mensagens supostamente trocadas entre Moro, então juiz federal, e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol. Além de mensagens entre outros procuradores membros da força-tarefa.

Fila de inscrição

Desde o início da manhã, deputados fizeram fila para se inscrever e falar na reunião com Moro. Pela ordem dos trabalhos, o ministro tem uma fala inicial de 20 minutos. Depois disso, os autores do convite terão 5 minutos cada para falar e os demais deputados terão 3 minutos. Cada bloco de perguntas será formado por grupo de quatro deputados. Moro responde em 7 minutos. Mais de 60 deputados já se inscreveram.O ministro deveria ter comparecido à Câmara no último dia 26 para dar esses esclarecimentos, mas cancelou a audiência porque estava nos Estados Unidos, o que revoltou o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Helder Salomão (PT-ES).

Em audiência pública realizada na Comissão de Direitos Humanos, o fundador do Intercept, o jornalista Glenn Greenwald, afirmou que houve conluio entre o então juiz Sergio Moro e os procuradores que atuam na Lava Jato. Para ele, as mensagens vazadas apontam parcialidade nas decisões do então juiz. A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), no entanto, defendeu o ministro. Ela afirmou que os documentos vazados eram resultado de crime de hackeamento e que as conversas não eram autênticas.

O ministro da Justiça e os procuradores da Lava Jato negaram irregularidade nas conversas e duvidaram do conteúdo das mensagens. Moro afirmou ainda que o conteúdo tem origem ilícita.

No domingo, diferentes cidades do País realizaram manifestações de apoio a Moro e à Lava Jato.