Esportes

Apesar de seca de gols de Kane, Inglaterra é grande favorita contra Senegal

02 dez 2022, 11:11 - atualizado em 02 dez 2022, 11:11
Harry Kane
Kane, cujos 51 gols por seu país o colocam apenas dois atrás do recordista Wayne Rooney, ainda não entrou totalmente nos trilhos no Catar, mal conseguindo acertar um chute no gol (Imagem: REUTERS/Hannah Mckay

A perspectiva de Harry Kane não marcar gols em nenhum dos jogos da Inglaterra na fase de grupos da Copa do Mundo pode ter deixado os torcedores temendo o pior, mas em vez disso há um crescente sentimento de otimismo com o confronto entre o time comandado por Gareth Southgate e o Senegal nas oitavas de final.

Kane, cujos 51 gols por seu país o colocam apenas dois atrás do recordista Wayne Rooney, ainda não entrou totalmente nos trilhos no Catar, mal conseguindo acertar um chute no gol.

Uma pancada sofrida no pé durante a vitória na estreia contra o Irã não ajudou o capitão da Inglaterra, que foi o artilheiro da Copa do Mundo de 2018 com seis gols, mas sua falta de gols certamente não impediu a boa campanha da equipe até aqui que a garantiu nas oitavas de final.

Na verdade, o fracasso de Kane em marcar pode ser revertido em um resultado positivo.

A Inglaterra conseguiu marcar nove gols no Mundial –empatada como melhor ataque do torneio até aqui– com os demais atacantes marcando presença, caso de um rejuvenescido Marcus Rashford, do Manchester United, com três gols já marcados.

Phil Foden, Raheem Sterling e Bukayo Saka também estiveram entre os que marcaram gols, deixando Southgate com um agradável dilema para resolver antes do duelo com Senegal, embora seja inconcebível que ele não escale Kane entre seus três atacantes titulares.

Em comparação com as dificuldades enfrentadas por outros favoritos no Catar até agora, a Inglaterra navegou com tranquilidade em seu grupo. Mas agora, disse Southgate, o negócio começa a ficar sério.

O Senegal foi coroado campeão africano no início deste ano e, embora tenham chegado ao Catar sem seu principal craque Sadio Mané, os “Leões de Teranga” são uma equipe poderosa, cheia de experiência e dedicada ao treinador Aliou Cissé.

Southgate não precisará se lembrar do torneio extremamente imprevisível que tem sido até agora e o foco da Inglaterra terá que ser total no Estádio Al Bayt no domingo, mesmo que a história esteja do seu lado.

A Inglaterra enfrentou sete vezes um adversário africano na Copa do Mundo sem perder, embora tenha havido alguns sustos pelo caminho, notadamente em 1990, quando chegou a ficar atrás do placar contra Camarões nas quartas de final daquele Mundial até marcar no final e vencer por 3 x 2.

Maior preocupação

O ex-técnico da seleção da Inglaterra Glenn Hoddle disse que a equipe de Southgate tem qualidade demais para uma seleção senegalesa que abriu o torneio com derrota para a Holanda, mas se recuperou para vencer o Catar e o Equador para chegar às oitavas de final.

“Não creio que o Senegal tenha sofrido a verdadeira pressão convincente na qual a Inglaterra os colocará”, disse Hoddle sobre o primeiro confronto.

As nações africanas perderam oito de seus nove jogos da fase de mata-mata da Copa do Mundo contra seleções europeias, embora o único sucesso tenha ocorrido em 2002, quando uma seleção senegalesa capitaneada por Cissé venceu a Suécia para chegar às quartas-de-final.

O Senegal surpreendeu naquele Mundial ao derrotar a então campeã França e Cissé sem dúvida usará o heroísmo de 20 anos atrás para inspirar sua equipe para o encontro com a Inglaterra.

Se eles quiserem produzir outro choque em um torneio que já viu uma boa quantidade de zebras, o Senegal não só terá que fazê-lo sem Mané, mas também sem Idrissa Gueye, que está suspenso por ter recebido um segundo cartão amarelo contra o Equador.

Embora a expectativa seja de que a Inglaterra chegue às quartas de final, onde pode ter um possível confronto com a França, Southgate sabe que qualquer jornada na Copa do Mundo tem solavancos no caminho e Senegal será tratado com o máximo respeito.

“O Senegal será duro”, disse ele. “Eles estão muito bem organizados, têm muitos bons jogadores individuais jogando nas grandes ligas europeias e suas expectativas agora vão aumentar”, disse.

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