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Apetite por dólar e ouro aumenta, enquanto investidores correm do Real; o que explica?

30 abr 2024, 18:22 - atualizado em 30 abr 2024, 18:22
dólar ouro altas ante o real
Altas marcaram mês de abril, com apetite renovado também pelo dólar (Imagens: REUTERS/Dado Ruvic e Freepik/Wirestock)

O mês de abril deu força ao dólar e ao ouro. A moeda norte-americana chegou a alta de R$ 5,28 e o metal atingiu o recorde de US$ 2,290 por onça, enquanto investidores fugem do Real, evidenciando a desvalorização da moeda.

Em relatório, William Castro, estrategista-chefe da Avenue Securities, afirma que a percepção e aversão ao risco global, com diversos agentes suscitando temores às economias globais, afetaram as moedas emergentes, colocando o Real entre os piores desempenhos desse segmento.

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Como principal resposta à dúvida sobre o que suscitou a alta do dólar em relação ao Real, está a robustez da economia dos Estados Unidos (EUA), evidenciada pelos indicadores de atividade econômica do país.

“Uma economia forte e taxas de juros mais altas nos Estados Unidos atraem investimentos para o país e fortalecem o dólar em relação às demais moedas”, explica William.

Mas não é só isso. As tensões geopolíticas fizeram com que a procura pelo dólar aumentasse, seguindo o movimento de procura por ativos considerados de menor risco.

No cenário doméstico, o estrategista-chefe afirma que, com a manutenção dos juros americanos entre 5,50% e 5,25% e possível queda no Brasil, “o diferencial de juros entre Brasil e EUA tende a diminuir, e com isso, a atratividade do investimento no Brasil, em contexto global, diminui”.

Além de dólar, ouro também foi alternativa ao Real

O ouro também foi beneficiado pelos conflitos geopolíticos, sendo considerado uma opção para proteger e diversificar o portfólio do investidor.

Além disso, outros motivos que aumentam o apetite pelo metal, apontados por Castro, são:

  • Bancos centrais ao redor do mundo buscando diversificar suas reservas em ouro, com o Banco Popular da China sendo o maior comprador;
  • Aumento da demanda pelo varejo chinês, com um dos motivos da população estar procurando o metal ser a falência de empresas do setor imobiliário;

À época do aumento do metal, o Bank of America (BofA) afirmou que “em certa medida, este interesse reflete a falta de opções alternativas para os investidores chineses, com os mercados acionistas e imobiliário ainda não sendo particularmente atrativos”.

Entretanto, William afirma que alguns indicadores técnicos, como o índice de força relativa, indicam que a commodity está sobrecomprada, também com os recentes investimentos de investidores exacerbando os movimentos de curto prazo.

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Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
giovanna.pereira@moneytimes.com.br
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