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Aplicativo de decoração Mobly pede registro de IPO na CVM

07 dez 2020, 17:48 - atualizado em 07 dez 2020, 17:51
Mobly
Desconfortável: balanço da Mobly mostra prejuízos em série e ebitda negativo (Imagem: LinkedIn/ Mobly)

A Tok&Stok, que prepara sua abertura de capital, ganhará uma concorrente na Bolsa. Trata-se da Mobly, cuja força vem do varejo digital de móveis e artigos de decoração. A empresa protocolou, nesta segunda-feira (7), seu pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

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A operação abrangerá uma oferta primária (cujos recursos vão para a empresa) e uma secundária (cujos recursos irão para os acionistas vendedores). O Morgan Stanley será o coordenador líder da emissão, que contará também com o Bradesco BBI.

Na minuta do prospecto preliminar, a Mobly se apresenta como o aplicativo líder no segmento de decoração, com 300 mil usuários ativos (aqueles que usaram o aplicativo nos últimos 30 dias). No fim de outubro, a base total era de 360 mil usuários.

A empresa também está presente nos marketplaces do Magazine Luiza (MGLU3), Via Varejo (VVAR3), B2W (BTOW3), Carrefour (CRFB3), Amazon e Mercado Livre, entre outros. Segundo a companhia, os canais digitais responderam por 90% de sua receita líquida no acumulado de janeiro a setembro.

No mesmo período, seu GMV (Volume Bruto de Vendas, na sigla em inglês) somou R$ 560 milhões. Já a receita avançou a um ritmo médio anual de 39% entre 2017 e 2019, passando de R$ 211 milhões para R$ 407 milhões. No acumulado de nove meses deste ano, a receita já alcançou R$ 421 milhões.

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Pregos na cadeira

Outras linhas do balanço, contudo, mostram que a Mobly não goza, exatamente, de uma saúde financeira impecável. O ebitda, importante referência para a geração de caixa, registrou sucessivos resultados negativos entre 2017 e 2019. Com um saldo positivo de R$ 14,3 milhões no acumulado até setembro, a companhia parece caminhar para o primeiro ano de alívio nesta rubrica.

A última linha do balanço, por sua vez, parece longe de alegrar os potenciais investidores. A empresa registrou prejuízos líquidos consecutivos de 2017 a 2019. E, a julgar pelo desempenho até setembro (um prejuízo acumulado de R$ 16,6 milhões), 2020 será outro ano no vermelho.

De acordo com a minuta do prospecto, a Mobly pretende utilizar os recursos captados no IPO como capital de giro e para fortalecer a estrutura financeira. Parte do dinheiro também será investido em marketing. A abertura de lojas físicas e centros de distribuição, bem como a aquisição de equipamentos de informática completam os planos.

Veja a minuta do prospecto preliminar do IPO da Mobly.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.