Após afirmar que arcabouço fiscal será alterado, relator tem encontro com a Faria Lima

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O Congresso já deixou claro que pretende alterar a proposta do arcabouço fiscal enviada pelo governo. Entre os pontos em disputa, está a possibilidade de maior endurecimento do texto e a inclusão de punições para os gestores públicos que não cumprirem a meta fiscal.

É neste contexto que o relator do projeto na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP), chega na noite desta quinta-feira (27) em São Paulo para os primeiros encontros com a Faria Lima desde que assumiu a função, revelou a coluna Radar, da revista Veja.

Segundo a publicação, Cajado vai se reunir com executivos do BTG Pactual e outras cinco casas do mercado financeiro a fim de discutir o novo marco fiscal, que substituirá o atual teto de gastos aprovado no governo Michel Temer.

Quando assumiu a relatoria do arcabouço nesta terça-feira (25), o parlamentar baiano deixou claro que o texto passaria por modificações na Câmara. No mesmo dia, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP), também afirmou que o projeto deveria ser alterado.

Segundo Lira, a proposta deve ser modificada tanto na Câmara como no Senado. O presidente da Câmara ainda afirmou que o Congresso não vai permitir nenhum retrocesso no conjunto de regras de controle dos gastos da União.

Assim como Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), se manifestou sobre eventuais mudanças no arcabouço fiscal. Segundo ele, o Legislativo deve manter a “essência do texto”, mas que isso não impossibilita que melhorias sejam feitas.

Com viagem de Lira aos EUA, votação do arcabouço fiscal deve atrasar

A previsão de Arthur Lira de que o arcabouço fiscal seria aprovado na Câmara até o dia 15 de maio foi pelos ares. Isso porque o presidente da Câmara vai viajar para os Estados Unidos na próxima semana.

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Segundo o jornal Valor Econômico, o político alagoano vai embarcar para Nova York na próxima quarta-feira (3) e deve retornar ao país somente em 10 de maio.

Com isso, a estimativa de que o texto do marco fiscal seja aprovado na primeira quinzena de maio se tornou inviável.