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Após o colapso de Terra (LUNA), corretoras da Coreia do Sul terão supervisão mais rígida

24 maio 2022, 15:15 - atualizado em 24 maio 2022, 15:15
Terra LUNA
Depois do colapso de Terra, criptomoedas em corretoras sul-coreanas serão avaliadas em termos de riscos. (Imagem: Crypto Times)

Após a implosão da rede Terra e seus tokens — LUNA e a stablecoin UST — reguladores financeiros da Coreia do Sul se reuniram para discutir como lidar com as consequências do colapso da rede.

O Serviço de Supervisão Financeira (FSS, na sigla em inglês), a Comissão de Comércio Justo (FTC) e a Comissão de Serviço Financeiro (FSC) compartilharam atualizações, após uma reunião de emergência na Assembleia Nacional.

TerraUSD (UST), a stablecoin da rede Terra, perdeu sua paridade ao dólar no início deste mês, derretendo mais de US$ 40 bilhões em valor em poucos dias. A Unidade de Inteligência Financeira (FIU) referiu-se ao acontecimento como um “vórtex da morte”, conforme informado pelo YNA News.

Segundo FIU, antes do colapso, havia 100 mil detentores de LUNA. No entanto, esse número aumento rapidamente para 180 mil nos dez dias seguintes à perda da paridade de UST.

O Serviço de Supervisão Financeira (FSS, na sigla em inglês) afirmou, nesta terça-feira (24), que planeja inspecionar as premissas de empresas que fornecem serviços financeiros relacionados à rede Terra, após seu colapso.

Ao participar da reunião, o vice-presidente da FSS, Chan-woo Lee disse que a possibilidade de a crise afetar os mercados de finanças tradicionais ainda é baixo.

Essas inspeções examinarão serviços de pagamentos relacionados à rede Terra, como os serviços são mantidos, o status de fundos sacados e os padrões usados para proteger usuários.

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Corretoras cripto na mira de reguladores

A FSS também irá desenvolver um serviço de pesquisa, para analisar o risco de criptomoedas e de ativos digitais que circulam em corretoras domésticas. O serviço irá, em seguida, classificar esses ativos de acordo com suas características de risco.

A FTC da Coreia do Sul anunciou planos para examinar o cumprimento de compliance de corretoras de criptomoedas, com orientações emitidas no ano passado.

Em 2021, FTC recomendou que 16 corretoras cripto sul-coreanas, incluindo Bithum Korea e Dunamu, corrigissem seus termos e condições, pois desfavoreciam usuários.

“Começando em junho, verificaremos intensamente se as recomendações para correção de 20 tipos de termos e condições injustos foram implementadas, e emitiremos uma ordem de correção, se necessário”, disse FTC.

Com isso, as autoridades financeiras do país planejam aumentar a supervisão de corretoras de criptomoedas locais, além de introduzir salvaguardas na indústria cripto, informou jornal local The Korea Times.

“Precisamos garantir que as corretoras [de criptomoedas] desempenhem seus papéis adequadamente e, para isso, é crucial que autoridades as supervisionem cuidadosamente”, disse o deputado sul-coreano Sung Il-jong, durante sua participação na reunião de emergência da Assembleia Nacional.

“Quando as corretoras violam regras, elas devem ser responsabilizadas legalmente, para garantir que o mercado funcione bem, sem qualquer problema”, acrescentou.

Segundo um informe do jornal local Newspim, o presidente do comitê especial de ativos virtuais do parlamento sul-coreano, Yoon Chang-Hyeon, questionou como as corretoras cripto responderam à queda dos tokens de Terra.

O presidente do comitê sugeriu que taxas de transação e volumes de negociação nas corretoras cripto encorajaram as empresas a manterem as negociações abertas, mesmo com os riscos envolvidos.

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