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Apple: é possível fazer compras em realidade aumentada?

18 fev 2020, 13:19 - atualizado em 18 fev 2020, 13:19
Conforme as gigantes empresas de tecnologia começam a ficar cada vez mais parecidas com bancos, a indústria de pagamentos está se transformando (Imagem: Crypto Times)

Quick Look, ferramenta de realidade aumentada (RA) da Apple, foi atualizada para permitir que usuários do sistema iOS visualizem imagens sobrepostas e em 3D de produtos no mundo real para, em seguida, comprá-los diretamente.

Desde que Quick Look foi apresentada em 2018, usuários da Apple conseguem ver renderizações de produtos — desde máquinas de lavar a sofás — em sua localização intencional.

Agora, com essa outra a funcionalidade a um botão de distância, a linha entre mundo real e digital está ficando cada vez mais tênue.

Empresas como Home Depot, Wayfair e Bang & Olufsen querem fornecer uma funcionalidade que vai permitir que usuários da Apple não apenas vejam produtos no modo RA, mas também cliquem para saber mais, abram um chat de suporte ao cliente ou adquiram o produto com o Apple Pay.

Compras simplificadas

A visualização de produtos em realidade aumentada faz com que as chances de clientes adquirirem produtos seja de 11 vezes e as chances de devoluções caem para 22%, de acordo com Adi Tatarko, CEO do Houzz, site que fornece serviços, produtos e informações sobre reformas e construções.

Apple parece ter levado isso bem a sério e planeja ampliar Quick Lock ainda mais com áudio espacial que permitirá que compradores ouçam os barulhos das máquinas de lavar ou que ouçam música por meio de modelos 3D de alto-falantes.

Realidade aumentada e realidade virtual (VR) são apenas duas das tecnologias que estão remodelando o mundo dos pagamentos de varejo.

Inteligência artificial está sendo usada cada vez mais na detecção de fraude e automação, e 5G está diminuindo a latência e acrescentando a capacidade de dados para redes móveis de pagamentos.

Já para criptoativos, alguns sugerem ser apenas uma questão de tempo até a Apple integrar a tecnologia [de inteligência artificial].

A empresa registrou diversas patentes relacionadas a blockchain e lançou um “CryptoKit” em 2019 que dá aos desenvolvedores a capacidade de criar blockchains ou aplicativos baseados em cripto.

Apesar de isso ser uma infraestrutura fundamental, fornece mecanismos básicos de um sistema para o armazenamento de chaves privadas que, um dia, podem transformar o iPhone em uma carteira de hardware [de criptoativos].

Seguindo o estilo Apple de sempre, a gigante da tecnologia não fez nenhum plano oficial para criptoativos, mas seus representantes fizeram comentários positivos.

Em entrevista à correspondente da CNN Christine Romans, em um evento privado em São Francisco no ano passado, Jennifer Bailey, vice-presidente do Apple Pay, disse que a Apple estava prestando atenção no setor: “acreditamos que [criptoativos] têm um importante potencial a longo prazo”.

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