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Apple prepara novos chips para Macs com meta de superar Intel

07 dez 2020, 8:50 - atualizado em 07 dez 2020, 8:50
O chip M1 da Apple foi revelado em um novo laptop MacBook Pro básico, em uma nova versão do desktop Mac mini e em toda a linha do MacBook Air (Imagem: Pixabay)

A Apple planeja uma série de novos processadores para Macs para lançamento já em 2021, com o objetivo de superar o desempenho dos chips mais rápidos da Intel.

Os engenheiros da gigante de tecnologia trabalham em vários sucessores do chip personalizado M1, o primeiro principal processador da Apple que estreou em novembro. Se corresponderem às expectativas, os processadores vão superar significativamente o desempenho das últimas máquinas que usam os chips da Intel, de acordo com pessoas a par do assunto que não quiseram ser identificadas.

O chip M1 da Apple foi revelado em um novo laptop MacBook Pro básico, em uma nova versão do desktop Mac mini e em toda a linha do MacBook Air.

A próxima série de chips da empresa, com previsão de lançamento já no segundo trimestre e no outono no hemisfério norte, deve ser instalada em versões atualizadas do MacBook Pro, tanto em desktops iMac básicos quanto de ponta, e posteriormente em uma nova workstation Mac Pro, disseram as pessoas.

O roteiro indica a confiança da Apple de que pode diferenciar seus produtos com base na força da própria engenharia, e a empresa toma medidas decisivas para projetar dispositivos sem os componentes da Intel.

As próximas duas linhas de chips da Apple também devem ser mais ambiciosas do que alguns observadores da indústria esperavam para o próximo ano. A empresa disse que espera terminar a transição dos chips da Intel para seu próprio silício em 2022.

Embora a Intel obtenha menos de 10% da receita com o fornecimento de chips para os Macs da Apple, o resto de seu negócio de PCs pode enfrentar turbulências se a fabricante do iPhone for capaz de fornecer computadores comprovadamente de melhor desempenho.

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O roteiro indica a confiança da Apple de que pode diferenciar seus produtos com base na força da própria engenharia, e a empresa toma medidas decisivas para projetar dispositivos sem os componentes da Intel (Imagem: REUTERS/Mike Segar)

Isso poderia acelerar uma reviravolta no setor, que há muito depende do ritmo de inovação da Intel. Para a Apple, a mudança elimina essa dependência, acentua sua distinção em relação ao resto do mercado de PCs e dá à empresa a chance de aumentar sua pequena, mas crescente participação no segmento.

Um porta-voz da Apple não quis comentar. O desenvolvimento e a produção de chips são complexos, com alterações sendo comuns em todo o processo.

A Apple ainda pode optar por adiar esses chips em favor de versões menores para os Macs do próximo ano, disseram as pessoas, mas os planos ainda assim indicam as grandes ambições da empresa.

Os chips da Apple para os Macs, como os do iPhone, iPad e Apple Watch, usam tecnologia licenciada da Arm, empresa cujo design de chips é usado em grande parte do setor móvel e que a Nvidia está em processo de aquisição.

A Apple projeta os chips e terceiriza a produção para a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co., que assumiu a liderança da Intel na fabricação de semicondutores.

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