Pesquisas

Aprovação de Lula segue tendência de melhora, acompanhada de otimismo do eleitorado, diz CNT/MDA

09 set 2025, 3:42 - atualizado em 09 set 2025, 3:58
Lula melhora avaliação do seu governo, com impacto positivo nas sondagens eleitorais (Reuters/Adriano Machado)

Os índices de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu governo oscilaram para cima e seguiram a trajetória de melhora que vinham desenhando, apontou pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (8), em meio à melhora das perspectivas do eleitorado para temas como emprego e renda.

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As oscilações registradas demonstram tendências, mas ainda dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

“A gente observa uma melhora consistente em todas as áreas avaliadas de junho para setembro, então de fato, a melhora do humor do eleitorado, essa melhoria das percepções sobre essas áreas centrais, pode justificar em parte o aumento da aprovação do presidente, sim”, avaliou o diretor do Instituto MDA, Marcelo Souza.

De acordo com a pesquisa, o governo registrou aprovação positiva de 31% em setembro. Em junho, essa parcela correspondia a 29%, mesmo patamar aferido em fevereiro deste ano pela sondagem.

Os que avaliam negativamente o governo somam 40%, mesma parcela verificada na rodada anterior, de junho. Em fevereiro, eram 44%.
No quesito desempenho pessoal do presidente, a aprovação é de 44%, um avanço de 3 pontos percentuais em relação a junho, quando era de 41%. Em fevereiro, eram 40%. A desaprovação do desempenho de Lula à frente do governo registrou 49% em setembro, saindo de 53% em junho, e de 55% em fevereiro.

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Lula segue mais bem avaliado entre as mulheres, os mais velhos, os de menor renda e menor escolaridade. Também tem os melhores índices no Nordeste e entre os católicos.

A pesquisa divulgada nesta segunda-feira traz dados sobre as expectativas do eleitorado. Para 32% dos entrevistados, a situação do emprego vai melhorar no país nos próximos seis meses. Em junho, eram 31%, e em fevereiro eram 30%. Para 28%, ela deve piorar. Em junho, essa fatia do eleitoral equivalia a 27% e em fevereiro, a 32%.

A renda deve aumentar nos próximos seis meses na opinião de 33%, ante 31% em junho e 29% em fevereiro; 13% acreditam que ela vai piorar, os mesmos verificados nas duas rodadas anteriores da pesquisa.

Golpe e tarifas

A sondagem também perguntou o posicionamento dos entrevistados sobre os atos de 8 de janeiro. Segundo 36,1%, eles configuraram uma tentativa de golpe de Estado. Outros 29,5% os avaliaram como um “protesto que saiu do controle”. Para 20%, não passaram de “atos de vandalismo isolados”.

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A maior parte dos entrevistados (57,6%) acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro será condenado no julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado de Direito, e 49,6% avaliam que “o justo é Jair Bolsonaro ser condenado”.

Questionados sobre o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros exportados para lá, 28,6% dos entrevistados apontaram o presidente norte-americano, Donald Trump, como o principal causador das tarifas.

O presidente Lula é o principal causador para 20,2%, enquanto o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, é o principal causador para 18%. Outros 16,4% acreditam que o principal causador seja o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator de casos relacionados a Jair Bolsonaro.

A atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA, que vem declaradamente buscando junto a autoridades norte-americanas sanções ao país diante do que considera uma perseguição a seu pai, é mal avaliada pelos entrevistados na pesquisa desta segunda: 46,7% encaram seus movimentos de forma negativa, por considerarem que ele “está defendendo interesses pessoais ou familiares”. Outros 25,6% avaliam a atuação do parlamentar como positiva, “pois pode trazer benefícios para o Brasil”.

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A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 6 de setembro, com 2.002 entrevistados, em 140 municípios das 27 unidades federativas.

Eleições 2026

Os números mais positivos sobre o seu governo também impulsionam as possibilidades de Lula nas eleições do ano que vem. Ele lidera cenários eleitorais testados pela pesquisa CNT/MDA, mas a sondagem também aponta uma maioria expressiva a favor de novos nomes na política.

Em cenário estimulado de primeiro turno para a Presidência da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT) tem 36,2%, contra 29,7% do antecessor, a maior vantagem já verificada para Lula desde novembro de 2024. Ciro Gomes (PDT) vem em terceiro, com 9,6%.

O presidente também fica à frente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). De acordo com o levantamento, neste cenário de 1º turno, Lula teria 35,8%, e Tarcísio, 17,1%. Neste cenário, Ciro Gomes tem 11,6%.

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No terceiro cenário levantado, Lula lidera com 37,1%, seguido do filho de Bolsonaro e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com 14,6%, e de Ciro Gomes, com 12,3%.

Para um eventual segundo turno, foram testados seis cenários. Quando seu adversário é Bolsonaro, o levantamento registra um crescimento de Lula, que ultrapassa seu antecessor. O petista passa de 41% em junho para 45,7% em setembro. Bolsonaro sai de 44% na rodada anterior para 37,7% agora.

Bolsonaro está inelegível por duas condenações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado de Direito, entre outros crimes.

Quando o adversário de Lula em um eventual segundo turno é o governador de São Paulo, o petista registra 43,9% contra 37,6% de Tarcísio. Em junho, os dois estavam em empate técnico, com Lula registrando 41% e Tarcísio, 40%.

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O cenário de um segundo turno entre Lula e Ciro Gomes mostra o petista numericamente à frente, mas os dois em empate técnico, com 39,4% a 36,0%.

Nos outros três cenários, contra os governadores do Paraná, Ratinho Jr (PSD), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), Lula lidera, com percentuais acima dos 40%.

“Lula avança nas intenções de voto e registra sua melhor performance desde o início das medições de 1º turno. Contudo, é importante ressaltar que há demanda relevante por nomes não ligados nem a Lula e nem a Jair Bolsonaro, o que torna a disputa aberta e imprevisível”, avaliou Marcelo Souza, diretor do Instituto MDA.

A pesquisa aponta, por exemplo, que 79,6% dos entrevistados defendem mais “espaço para novos nomes na política”, enquanto 15,6% defende a manutenção de “políticos mais antigos e conhecidos”.

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Também apurou que 34,4% dos entrevistados preferem votar em algum candidato que não seja ligado nem a Lula, e nem a Bolsonaro. Outros 32,5% preferem votar em Lula ou um candidato apoiado por ele, enquanto 28,1% preferem votar em Bolsonaro ou um nome apoiado por ele.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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