Comprar ou vender?

Arezzo (ARZZ3) tropeça, mas pode disparar 50%, vê Goldman

13 jun 2024, 17:47 - atualizado em 13 jun 2024, 17:47
arezzo
Arezzo acumula queda de 22% em 2024 e Goldman Sachs reitera recomendação de compra (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

A Arezzo (ARZZ3) acumula queda de 22% em 2024, com fraco desempenho das vendas em partes do seu principal negócio e preocupação dos investidores em relação à fusão com o Grupo Soma (SOMA3). Apesar disso, o Goldman Sachs reitera posição de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 74, potencial de alta de 50% ante o último fechamento.

O banco reconhece a existência de riscos. No entanto, as ações estão excessivamente descontados na avaliação atual.

“De acordo com nossas estimativas, a ARZZ é negociada a 13X e 11X P/E (preço sobre o lucro) em 2024/25E, descontos acentuados em relação à sua própria média histórica de negociação e no limite inferior da faixa para pares globais”.

Na avaliação dos analistas do Goldman, o crescimento do primeiro trimestre nas principais marcas de calçado e vestuário da companhia foi decepcionante, impulsionado especialmente pela fraqueza no sell-in (vendas entre empresas) para clientes multimarcas e pelo canal franqueado.

Em um momento que a Arezzo aumenta a complexidade, com a proposta de fusão do Grupo Soma, o Goldman aponta preocupações dos investidores em relação à fraqueza em algumas das principais marcas, uma vez que limita a visibilidade de desempenho de curto prazo.

Ainda, destacam a preocupação de que a varejista esteja mudando de uma estratégia de crescimento orgânico para uma estratégia de crescimento predominantemente inorgânica.

“Embora os investidores geralmente reconheçam que a gestão estabeleceu um historial positivo com a aquisição e integração da licença Vans e da marca Reserva, tendem a ver o crescimento impulsionado por fusões e aquisições como mais arriscado, merecendo, portanto, um múltiplo mais baixo”, explicam os analistas.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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