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As 4 ações que serão mais impactadas pela reforma tributária

27 maio 2021, 19:11 - atualizado em 27 maio 2021, 23:52
Dívidas
A proposta é diminuir o Imposto de Renda para as empresas de 15% para 10%, em troca da tributação dos proventos (Imagem: Pixabay)

A tão sonhada reforma tributária avança no Congresso, mas suas propostas já causam polêmicas. Uma, em especial, tem preocupado os mercados.

Novamente, o Ministério da Economia mira os dividendos, que são isentos de tributação.

A pasta estuda diminuir o Imposto de Renda para as empresas de 15% para 10%, em troca da tributação dos proventos e do término do benefício fiscal dos juros sobre o capital próprio.

Segundo o Itaú BBA, a medida é negativa para as boas pagadoras de dividendos.

“Utilities, bancos, o setor financeiro e telecomunicações serão os que mais sofrerão se o benefício fiscal dos juros sobre o capital próprio terminar”, apontam os analistas Marcelo Sá e Matheus Marques em relatório obtido pelo Money Times.

Para entender melhor os impactos da proposta, a dupla calculou o valor presente líquido (NPV) perdido pelas empresas em consequência do término da dedução fiscal de 34% na distribuição dos JCP.

Com isso, os analistas chegaram em quatro ações mais afetadas: Banco do Brasil (BBAS3), Copel (CPLE11), Tim (TIMS3), e Vivo (VIVT4).

“Muitas das maiores pagadoras de dividendos têm uma alavancagem muito baixa, e optaram por pagar dividendos altos devido à inexistência de alternativas de investimento atraentes”, afirmam.

Dessa forma, para evitar a tributação, as companhias podem optar por pagar dividendos extraordinários ou realizar uma redução de capital.

Por outro lado, setores de alto crescimento, como os de tecnologia e varejo, são mais beneficiados com a redução das alíquotas, já que não pagam muitos dividendos.

Além disso, argumentam os analistas, em uma base relativa, a mudança no imposto de renda também será negativa para as empresas que reivindicam os benefícios fiscais da SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) e SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste).

“O benefício final seria muito limitado e seus acionistas teriam que pagar impostos sobre os dividendos (atualmente não há nenhum recolhimento)”, completam.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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